Existe, com certeza , a criação negativa , que é um processo em curso em todo ser humano. Porque, caso estivessem livres dela, você não seriam humanos ; não viveriam neste plano de consciência , que expressa um certo grau de desenvolvimento. A humanidade é livre até certo ponto, de forma que as pessoas também criam de forma bastante construtiva. Porém, em graus variados, a criação negativa continua em ação na psique. Isso significa que é tarefa da humanidade nesta Terra lutar para sair dessa criação negativa e tornar-se cada vez mais livre das suas amarras. Isso não é fácil, pois a fascinação de qualquer processo criativo toma conta das pessoas de maneira tal que elas querem permanecer nele. Neste artigo, vamos procurar diminuir ainda mais a força do seu envolvimento negativo com processos criativos distorcidos.
Existe todo um mundo de diferença entre uma crença intelectual nesta filosofia e a percepção clara e precisa deque você cria negativamente, de que a própria infelicidade que deplora é causada por atitudes negativas que você cultiva em segredo e as quais quer manter. Isso não significa que os problemas que você vê na sociedade não tenham existência real. Sim, eles existem. Contudo, eles não poderiam afetá-lo verdadeiramente caso você não estivesse, profunda e ainda inconscientemente, contribuindo para esses mesmos problemas sociais que tanto deplora.
Deve ser difícil acreditar nessa verdade quando você ainda está no começo do caminho do despertar. Porém, uma vez que esteja realmente envolvido nele, você fatalmente verá que é exatamente assim. Você não é, jamais, uma vítima inocente, e a própria sociedade é apenas a soma ou o resultado da constante criação e produção negativa, a sua e a de muitas outras pessoas. Essa percepção é chocante e dolorosa a princípio, mas apenas enquanto você continua disposto a não abandonar a negatividade. Caso não abra mão dela, você realmente vai precisar da ilusão deque os outros a causam. Você espera alcançar a bem-aventurança sem enfrentar esse aspecto de si mesmo que a torna inatingível. Espera tornar-se um ser humano que aceita e respeita a si mesmo sem abandonar tudo o que verdadeiramente serve de entrave à sua integridade. Assim você vive a ilusão deque os outros lhe causam isso, outras pessoas aquém você pode culpar por supostamente vitimá-lo. Esse é um dos frequentes jogos de fingimento que foram desvendados por muitos de vocês, sob variadas formas.
TRÊS FORMAS PARA ENCONTRAR A SAÍDA
Gostaríamos de discutir os vários passos para que você encontre a saída do labirinto formado pela sua própria ilusão e criação negativa, no qual você parece estar tão inexorável e inextricavelmente preso. É evidente que o primeiro passo consiste em localizar, determinar, reconhecer, aceitar e observar as suas próprias atitudes negativas.
O Segundo passo é questionar, no mais profundo do seu ser,os seus sentimentos e reações particulares em relação a essa produção negativa e a sua própria intenção deliberada e escolhida. Você verá, então, que tudo isso lhe agrada,que você encontra aí algum tipo de prazer e não deseja abandoná-lo.
O terceiro passo é achar o seu caminho trabalhando,com perseverança, através das conseqüências e ramificações exatas das sua produção negativa, sem encobrir nenhum detalhe, nenhum efeito,mesmo que colateral. A percepção e compreensão precisa dos efeitos danosos que essa produção negativa tem sobre você e sobre os outros devem ficar muito claras. Não vai adiantar aliviar a culpa pela sua criação negativa, dizendo que você só pode fazer mal a si mesmo. Você precisa ver que não pode prejudicar a si mesmo sem também prejudicar outras pessoas, da mesma forma que não pode fazer mal aos outros sem ser atingido. É impensável que qualquer coisa que o afete de forma adversa não afete também as outras pessoas. O ódio a si mesmo, por exemplo, sempre se manifesta, também, como incapacidade de amar ou mesmo como uma compulsão para odiar.
O terceiro passo consiste também em ver que o prazer que você obtém da sua produção negativa não vale nunca o preço exorbitante que você paga ele, porque tudo o que você mais deplora em si mesmo e na sua experiência de vida diretamente é resultante dela. Você sacrifica e alegria, a paz, a auto-estima, a segurança interior, a expansão e o crescimento, o prazer em todos os níveis do seu ser, e uma existência significativa e sem medos.
Outro aspecto ainda do terceiro passo é a procura da compreensão de que o prazer obtido com o fato de ser destrutivo em seus sentimentos e atitudes não é aquilo que tem que ser abandonado. De fato, o mesmo prazer será transferido para a criação positiva, na qual você pode expandir-se de forma feliz e sem culpa, sem pagar o alto preço que agora paga pela criação negativa. O que torna possível o desejo de abandonar a negatividade é a elaboração exata das relações de causa e efeito, e a visão dos resultados e conexões. Não é suficiente ter consciência do fato de ser deliberadamente destrutivo ; é preciso admitir que você não quer abrir mão disso.
No segundo passo, você ainda está separado dos efeitos. Você pode ver que a causa é a sua destrutividade e admiti-la, porém não vê ainda a ligação desse fato com tudo o que deplora na sua vida. O elo de união entre causa e efeito continua ausente. Enquanto essa ligação não for estabelecida, você não pode realmente querer abandonar a negatividade. É preciso que você enxergue o preço exorbitante que paga por isso para ficar verdadeiramente motivado a querer abandoná-la. O segundo passo talvez seja o mais difícil de atingir ; ele certamente constitui a mais drástica mudança na percepção de si mesmo e dos processos de vida. Mas é igualmente importante percorrer até o fim o passo número três pois sem ele não há motivação para mudar. Todavia, o passo número três não apresenta sequer a metade da dificuldade e jamais encontra tanta resistência quanto o passo número dois.
Quando você começa a descobrir o mesmo fascínio em criar de forma positiva ou de forma negativa, desta vez, porém, não desfigurada por sofrimento, culpa, medo e acusações, o mundo se abre adiante com tal beleza e luz que não existem palavras para descrevê-lo. Você provará o gosto de ser o criador da vida que escolher.
PAPÉIS E JOGOS
Para facilitar a descoberta desse elo de ligação da fascinação positiva com a criação, será preciso que você reconheça a destrutividade e a negatividade sob vários tipos de fachadas os fingimentos, as defesas, os jogos, as auto-imagens idealizadas, as formas específicas de negação que você usa para esconder a sua destrutividade. Todas essas máscaras são hipócritas. Elas sempre mostram o oposto daquilo que você rejeita e não aprecia em si mesmo.
Para se esconder dos outros – e principalmente de si mesmo – você produz algo que parece ser o oposto daquilo que ocultar. O papel assumido torna-se como que uma segunda natureza, mas ele não tem nada a ver com você. Ele é meramente um hábito que você não pode abandonar enquanto não estiver disposto a olhar o que existe por trás dele. É muito importante que você se desiluda em relação à imagem que projeta no mundo e de cuja veracidade tenta ardentemente convencer-se a si mesmo. A artificialidade desse papel deve ser desmascarada. Ele sempre lhe parece ser bom de alguma maneira, mesmo que só em fingir ser uma vítima. Mas você precisa analisá-lo com exatidão e compreendê-lo para ver que ele não é nada daquilo que você pretende que seja.
Contudo, o papel assumido contém os mesmos aspectos que você tenta tão ardentemente ocultar. Se você se esconde e o seu papel é o de ser perseguido pelo ódio e pelas injustas acusações dos outros, nessa falsa idéia jaz o seu próprio ódio. A fachada do papel nunca é intrinsecamente diferente daquilo que se encobre. Fingir ser uma vítima do ódio alheio é ela mesma uma atitude de ódio. Esse é apenas um exemplo. O próprio jogo tem que ser exposto, não só para revelar o que oculta, mas também para pôr a nu os seus verdadeiros aspectos e o que eles realmente significam. A energia criadora negativa está totalmente envolvida na imagem apresentada. Nós sugerimos que você tome algum tempo agora para identificar os vários papéis que escolheu. Refira-se a esses papéis em frases simples que descrevam aquilo que estão destinados a expressar. Veja se pode perceber como o papel que supostamente é muito nobre é tão destrutivo quanto o que se encontra dissimulado por trás dele. Na verdade,não poderia ser de outro modo uma vez que você não pode esconder a energia de correntes da alma ; não pode fazê-las diferente do que são através do fingimento,não importa o quanto tente.
O papel ou jogo que você adota, na ilusão de que ele elimina a sua deliberada destrutividade, é a primeira camada que deve ser confrontada. Então você pode começar a dar os passos que esboçamos acima. Algumas vezes, esses passos se sobrepõem.
O QUARTO PASSO
Quanto mais percepção você tiver do jogo que você entretém com a vida, jogo no qual só pode perder, quando se aferra ao falso papel que encobre atitudes destrutivas, tanto mais ficará motivado a abandonar tudo isso. Você vai fortalecer a sua vontade. Isso vai levá-lo ao quarto passo, que é o verdadeiro processo de recriar a substância da alma. Através da meditação e da prece, formulando pensamentos deliberados de verdade a respeito de todo esse assunto e imprimindo-os no seu material psíquico, a recriação começa e continua à medida que você se torna mais adepto. Você adquirirá consciência da sua tentativa de exagerar e de resolver velhas feridas para punir deliberadamente outras pessoas por aquilo que seus pais lhe fizeram, ou que você pensa que fizeram, e da sua recusa de ver as suas falhas como nada além de um ato deliberado de ódio contra você. Quando você perceber que lhe causa prazer demorar-se sobre tudo isso no seu interior e não modificar a sua perspectiva e atitude, ou sentimentos, você pode começa a recriar. Quando você vê a falsidade das suas pretensões, você pode então se lembrar de querer ver o que está por trás da sua fachada particular, da sua atitude de acusação e de sentir-se vítima, qualquer que seja o disfarce que isso assuma.
O sentimento de ter sido ferido surge a princípio como algo muito real e faz-se necessária uma sondagem mais profunda para descobrir que ele não é absolutamente verdadeiro. Ele é um hábito cultivado. E o mesmo pode ser dito dos papéis que você desempenha.Cada reconhecimento objetivo dos seus fingimentos permite-lhe querer estar em uma verdade mais profunda, abandonar essas falsidades e encarar a vida com atitudes verdadeiras e honestas. A formulação dessa intenção e o apelo aos poderes superiores que existem em você, para que lhe prestem ajuda, é o quarto passo.
Outra parte do passo número quarto é dirigir uma pergunta concisa ao seu interior: “Que abordagem posso usar para viver a minha vida sem fingimentos ? Como você se sente inventando melhores maneiras de responder às experiências da vida ?” Em resposta a essas perguntas,algo novo vai evoluir. Nesse processo de recriação, vão surgir facilmente da sua verdadeira natureza reações saudáveis, adequadas e genuínas que não precisam de nenhuma ocultação. Quando criar, formule suas frases de forma bastante concisa. Afirme que o que você faz não funciona, diga porquê não funciona e aquilo que você quer fazer de forma diferente. Essas afirmações, se feitas com convicção, têm grande poder criador.
Esses são os passos para uma purificação mais profunda e vital. Esta é impensável sem que se passe por esses quatro passos, assim como também é impensável sem que se receba qualquer ajuda ativa. É difícil demais fazê-lo sozinho. É pura ilusão esperar – consciente ou inconsciente – que o enfrentamento desses aspectos do eu possa ser evitado, contornado, ignorado ou afastado por algum meio espiritual “mágico”. A auto-realização, ou ato de tornar-se verdadeiro, ou ainda a chegada ao seu centro espiritual, ou qualquer outro nome que você queira usar para descrever o objetivo de toda a vida, não pode ocorrer a menos que você encare as suas negatividades e hipocrisias mais profundas. Muitas são as pessoas que querem galgar alturas espirituais mas que abrigam a ilusão não expressa de que podem evitar enfrentar o que estamos discutindo aqui.Elas continuam se escondendo e sempre que são confrontadas com a sua própria verdade intragável, fogem.
Sempre que atitudes destrutivas permanecem ignoradas ou intocadas, você vive numa ambivalência dolorosa, pois jamais poderá seguir numa direção quando quer ser negativo. Sempre há o Eu Verdadeiro clamando pela realidade absoluta e puxando na direção oposta. A unificação da direção interior só pode ocorrer quando a personalidade é verdadeiramente construtiva, sem destrutividades ocultas.
Para que você se vivencie como aquele ser eterno que você é essencial e absolutamente, é preciso que você considere e teste a possibilidade da criação positiva. Você verá então que criar positivamente é realmente muito fácil e natural : trata-se de um processo orgânico. A criação negativa e as atitudes destrutivas são artificiais e forjadas, mesmo que você esteja agora tão acostumado a elas que lhe pareçam mais naturais. O positivo não exige esforço. À primeira vista parece que abandonar o negativo, que se tornou uma segunda natureza para você, é um esforço grande demais. Ele parece excessivo porque você ainda crê que, abandonar a negatividade, você cria uma positividade que é algo completamente novo. Se fosse assim, na maioria dos casos, essa criação seria totalmente impossível. Mas no momento em que você percebe que a criação positiva já está aí no seu interior e que ela pode se desenvolver, se revelar no momento em que isso for permitido, abandonar a negatividade converte-se no alívio de um pesado fardo que o empurrou para baixo durante toda a sua vida – e em muitas outras vidas antes desta.
Quando dizemos que Deus está dentro de você, queremos dizer precisamente isso. Não apenas a consciência maior,com infinita sabedoria da ordem mais pessoal, está ao seu alcance a qualquer momento que você precise dela ; não apenas os poderes da força e da energia criadora, sentimentos de bem-aventurança, alegria e prazer supremo estão acessíveis a você em todos os níveis, mas também, exatamente debaixo daquele ponto em que você está enfermo com a sua negatividade existe uma nova vida na qual todas as reações a todas as possíveis contingências são claras, fortes e inteiramente satisfatórias e corretas para cada ocasião. Uma flexibilidade e uma criatividade no reagir já existem por trás dos falsos papéis e dos fingimentos, além do domínio da destrutividade. Sob o seu amortecimento exterior já existe uma vivacidade borbulhante. A princípio, ela vai brilhar apenas em alguns momentos. No devido tempo, ele vai se manifestar como o seu clima interior permanente.
Amor, Luz , Paz , Gratidão e Namastê !
Love, Light, Peace, Gratitude and Namaste!
Amour, de Lumière, la Paix , Gratitude et Namaste!
Amor, Luz, Paz, Gratitud y Namaste!
الحب، والضوء، والسلام، والامتنان وناماستي!
愛、光、平和、感謝とナマステ!
Amore, Luce, Pace, Gratitudine e Namaste!
Liebe, Licht, Frieden, Dankbarkeit und Namaste!
Любовь, свет, мир, благодарность и Namaste!
Upendo, Mwanga, Amani, Shukurani na Namaste!
LOVE AND LIGHT TO ALL !
Cara, eu estava em uma lan house na Ilha do Mel e vi você acessando o blog e logando com a conta e resolvi espiar e anotar o endereço... Achei essa anotação só agora e comecei a ler seu blog, to curtindo muito.
ResponderExcluirOlá, queridos Renan e autores do blog,
ResponderExcluirMuitas vezes a destrutividade, como está muito bem explicado acima, é como se fosse uma bengala frágil para apoiar-se na jornada evolutiva. E pode quebrar-se produzindo danos na queda. E isso pode ser positivo. É o que entendo como o conhecido "cair, para depois levantar" e, nesse processo, conseguir ter consciência do porquê aconteceu. Seu artigo me levou a essa reflexão. Fico a disposição para debater esse assunto tão interessante, como ferramenta de autoconhecimento evolutivo.
Obrigada! Beijos aos autores