sábado, 25 de fevereiro de 2012

SUGESTÃO PARA OS LEITORES : CONVERSANDO SOBRE MOINTIAN














Nós possuímos um grupo de trabalho de milhares e milhares de pessoas encarnadas que vêm  de uma origem em comum e  temos uma agenda específica , que entre muitos trabalhos , consiste em fechar portais não-evolutivos por onde entram seres e eventos de polaridade negativa neste planeta Terra.  Há mais de quatrocentos anos – pois reencarnamos três ou quatro vezes aqui alguns milhares de nós – fazemos este trabalho de limpeza e enfrentamento da polaridade negativa que vêm ao planeta Terra. Notamos que a maioria dos seres encarnados ou desencarnados deste planeta atrai através da Lei da Atração Universal , por causa de seus pensamentos, emoções e atitudes , inúmeros eventos negativos como catástrofes , guerras , crises e até possíveis invasões alienígenas . Nós temos impedido grande parte disto até agora, fechando tais portais involutivos. A maioria da população está tão dominada pela terceira dimensão ou 3D , ou pela quarta dimensão astral ou 4D, ou pela quinta dimensão mental ou 5D que abrem com seus pensamentos, emoções e ações , portais negativos e infelizes , já conhecidos por onde entram forças sempre manipuladoras que já dominam e enganam a população terrestre há milhões de anos. Antes de se “aventurar” numa experiência de contatar outras dimensões até a quinta dimensão e os seres que lá habitam e ficarem navegando em círculos nestas dimensões inferiores já conhecidas, nós percebemos que é ideal que cada ser primeiro contate seu Eu Superior, entrando  num estado de silêncio emocional e mental que faça-o se esvaziar de seu ego ou personalidade. Fazendo assim, você começa a ser preenchido pelas energias e seres de dimensões evolutivas, desconhecidas e inéditas e que estão realmente comungadas com à Fonte Cósmica Criadora. A sexta dimensão, por exemplo , já é imune  à manipulação e ao assédio. Mas, podemos ir bem além da sexta dimensão também. E quando chegamos neste estado em que acessamos pelo menos a dimensão chamada monádica , nos imunizamos de qualquer influência negativa e manipuladora e sempre somos amparados pelo seres celestiais de diversas origens que nos abençoam. Quando chegamos neste nível, daí podemos com total segurança evocar a abertura de portais realmente evolutivos que é justamente o próximo passo que se espera dos habitantes do planeta Terra nesta fase de transição planetária. A consolidação do planeta Terra como planeta cósmico só acontecerá se nos polarizarmos nas dimensões superiores à quinta dimensão.

Sugerimos , então ,  a todos os leitores que acessem o blog www.conversandosobremointian.blogspot.com que constitui um trabalho seríssimo e totalmente seguro de conexão monádica e além, de tal forma que  haverá uma otimização evolutiva de cada ser que aplicar sinceramente e com toda a sua vontade inquebrantável o referido método que é explicado detalhadamente no referido blog e em outros blogs anexos. Tal blog também está localizado na nossa lista de blogs preferidos abaixo da página de nosso  blog andromedalive.
Nós , todos os integrantes da nave-planeta Shan avalizamos e reafirmamos a importância da aplicação do  MÉTODO INTEGRADO DE TRANSMUTAÇÃO INTERIOR E ASCENSÃO : MOINTIAN porque seus benefícios são incontestáveis e definitivos para se atingir um estado de ascensão .

Saudações Andromedanas...!!!

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

OS HÁBITOS DO AMOR IMATURO











Vamos agora discutir um dos círculos viciosos , muito comum entre os seres humanos. Até certo ponto , ele opera em toda alma humana. Na maior parte do tempo ele vive no subconsciente , embora certas partes do círculo possam ser conscientes. É importante neste artigo que você siga esse círculo até revelá-lo por inteiro pois , do contrário , não poderá dissolvê-lo. Nossas palavras são dirigidas , não tanto à sua mente consciente , ao seu intelecto , mas ao nível dos seus sentimentos , onde esse círculo vicioso tem a sua existência.
Mesmo que tenha consciência de algumas partes desse círculo vicioso , use estas palavras para procurar por todas as outras partes das quais você ainda não é consciente. Talvez existam poucos entre vocês que não tenham sequer a mínima consciência de nenhuma parte desse círculo. Nesse caso, nossas palavras vão guiá-los para tornar ao menos uma parte dele consciente. Isso não será tão difícil porque muitos dos seus sintomas vão mostrar-lhe facilmente que , embora inconsciente , um círculo desse tipo realmente vive no seu íntimo.
Entretanto , não pense que isso significa que vocês conscientemente pensam e reagem de acordo com esse círculo vicioso ; perceba que ele está oculto. Cabe a você tornar consciente essa reação em cadeia ao trabalhar neste artigo de autodescoberta e de autodesenvolvimento. Tornar-se consciente dessas correntes vai proporcionar-lhe liberdade e vitória.
A maioria de vocês percebe que existe um modo ilógico de pensar , de sentir e de reagir em cada personalidade , mesmo que no nível consciente vocês sejam mais lógicos. Tudo no inconsciente é primitivo , ignorante e com freqüência ilógico , embora ele siga uma certa lógica limitada que lhe é própria.
O círculo vicioso que é o assunto deste artigo começa na infância , onde todas as imagens são formadas. A criança é indefesa : ela precisa de cuidados ; ela não pode suster-se sobre as próprias pernas ; ela não pode tomar decisões maduras ; ela não pode ser livre de motivações fracas e egoístas. Por conseqüência , a criança é incapaz de sentir um amor altruísta. O adulto maduro desenvolve-se em direção a esse amor desde que a personalidade amadureça harmoniosamente e contanto que nenhuma das reações infantis permaneça oculta no inconsciente. Se isso acontece , apenas uma parte da personalidade vai crescer , enquanto outra parte – por sinal muito importante – continuará imatura. Existem muito poucos adultos tão maduros emocional quanto intelectualmente.

A CRIANÇA QUER AMOR EXCLUSIVO
A criança entre em contato com um ambiente mais ou menos imperfeito que traz à tona os seus problemas interiores. A criança em sua ignorância anseia por um amor exclusivo que não é humanamente possível. O amor que ela quer é egoísta ; ela não quer dividir amor com outros , com irmãos ou irmãs ou mesmo com um dos pais. A criança com freqüência tem ciúmes de ambos os pais. Contudo , se os pais não se amam , a criança sofre ainda mais.
Assim , o primeiro conflito surge de dois desejos opostos. Por um lado , a criança deseja o amor de ambos os pais exclusivamente ; por outro lado , ela sofre se os pais não se amam. Uma vez que a capacidade de amor de qualquer pai ou mãe é imperfeita , a criança não compreende que apesar da imperfeição a maioria dos pais é ainda assim plenamente capaz de amar mais de uma pessoa. Todavia , a criança se sente rejeitada e excluída se o pai ou a mãe também amam a outros. Em resumo , os anseios da criança jamais podem ser satisfeitos. Ademais , sempre que esta é impedida de ter as coisas à sua maneira , ela toma esse fato como uma “prova” adicional de que não é amada suficientemente.
Essa frustração faz com que a criança sinta-se rejeitada , o que , por sua vez , causa ódio , ressentimento , hostilidade e agressão. Essa é a segunda parte do círculo vicioso. A necessidade de amor que não pode ser satisfeita gera ódio e hostilidade em relação às mesmas pessoas a quem mais se ama. Falando de modo geral , esse é o segundo conflito do ser humano em crescimento. Se a criança odiasse alguém a quem ela não amasse ao mesmo tempo , se ela amasse à sua própria maneira e não desejasse amor em retorno , tal conflito não poderia surgir.
O fato de existir ódio pela própria pessoa que se ama muito cria um importante conflito na psique humana. É óbvio que a criança sente-se envergonhada dessas emoções negativas e portanto coloca esse conflito no inconsciente , onde ele se torna como que uma infecção. O ódio causa culpa porque a criança é ensinada desde cedo que é mau , errado e pecaminoso odiar , particularmente os próprios pais , a quem se deve amar e honrar. É essa culpa , vivendo sempre no inconsciente , que na personalidade adulta causa toda a sorte de conflitos internos e externos. Além do mais , as pessoas não têm consciência das raízes desses conflitos até que decidam descobrir o que está oculto no seu subconsciente.

MEDO DO CASTIGO , MEDO DA FELICIDADE
Essa culpa tem uma outra , e também inevitável , reação. Ao se sentir culpado , o inconsciente da criança diz : “Eu mereço ser castigado.” Assim , um medo do castigo surge na alma , o qual , novamente , é quase sempre totalmente inconsciente. Não obstante , as manifestações podem ser encontradas em vários sintomas , os quais , se acompanhados até o fim , conduzirão às reações em cadeia que descreveremos a seguir.
Com esse medo do castigo inicia-se uma outra reação na qual , sempre que você está feliz e sente prazer , apesar de esse ser um anseio natural , você sente que não merece. A culpa por odiar aqueles que mais ama convence a criança de que não é merecedora de nada que seja bom , alegre ou prazeroso. A criança sente que se ela tivesse que ser feliz algum dia , o castigo , que parece inevitável , seria ainda maior. Portanto a criança evita inconscientemente a felicidade , pensando dessa forma dar uma compensação e assim evitar uma punição ainda maior. Essa fuga da felicidade cria situações e padrões que sempre parecem destruir tudo que é mais ardentemente desejado na vida.
É esse medo da felicidade que leva uma pessoa a todos os tipos de reações , sintomas , esforços não saudáveis , manipulações de emoções e até mesmo a ações que indiretamente criam padrões que parecem acontecer involuntariamente , sem que a personalidade seja responsável por eles. Assim , um outro conflito passa a existir. Por um lado , a personalidade anseia por felicidade e satisfação ; por outro , um medo da felicidade impede a satisfação. Embora o desejo de felicidade jamais possa ser erradicado , ainda assim , devido a esse sentimento de culpa profundamente oculto , quanto mais se deseja a felicidade , mais culpado se sente.
Ora , o medo de ser punido e o medo de não merecer a felicidade cria uma outra reação , ainda mais complicada. A mente inconsciente pensa : “Eu tenho medo de ser punido pelas outras pessoas , embora saiba que o mereço. É muito pior ser punido pelos outros , porque então estarei realmente à mercê deles , sejam pessoas , seja o destino. Deus  ou a própria vida. Mas , talvez se eu mesmo me punisse , poderia ao menos evitar a humilhação , a exposição e a degradação de ser punido por forças externas a mim mesmo.” Os conflitos básicos de amor e ódio , de culpa e medo do castigo existem em toda personalidade humana. O desejo compulsivo de autopunição , devido a conclusões errôneas e ignorantes , existe em algum grau em todo ser humano.
Assim , a personalidade inflige um castigo a si mesma. Isso pode ocorrer de várias maneiras : por doença física produzida pela psique ou por vários infortúnios , dificuldades , fracassos ou conflitos em qualquer área da vida. Em cada caso a área afetada depende da imagem pessoal que a criança formou e carregou durante esta vida até que ela seja descoberta e , com o tempo , dissolvida. Portanto , caso exista uma imagem relacionada com a profissão ou carreira , por exemplo , ela será fortalecida pelo desejo inerente de autopunição ; dificuldades nesse aspecto surgirão constantemente na vida da pessoa. Ou , se existir uma imagem ligada ao amor e à vida conjugal , o mesmo se aplicará nesse caso.
Portanto , se e quando você não for bem-sucedido em um desejo consciente e legítimo e olhando para a sua vida você descobrir que a satisfação desse desejo consciente foi constantemente frustrada , formando um padrão , como se você nada tivesse a ver com isso ( como de um destino cruel se tivesse abatido sobre você ) , pode estar certo de que não apenas uma imagem e uma conclusão errônea existem em seu interior , mas que , além disso , a necessidade de autopunição também está presente.
Outra reação em cadeia nesse círculo vicioso é a divisão da personalidade em suas correntes de desejo. A divisão original entre amor e ódio , que iniciou o círculo vicioso , causa mais divisões , como você pode ver claramente agora. Um desses sentimentos conflitantes é a necessidade de autopunição , porém , por outro lado , o desejo de não ser punido coexiste com ele. Por conseguinte , uma parte oculta da psique argumenta : “ Talvez eu possa evitá-lo. Talvez eu possa compensar de outra maneira a minha grande culpa por odiar. “ Essa compensação imaginária significa uma espécie de barganha. Ela é feita pelo estabelecimento de um padrão tão alto para si mesmo que é impossível atingi-lo na realidade. A pequena voz interior argumenta : “ Se eu for perfeito , se eu não tiver falhas nem fraquezas , se eu for o melhor em tudo que fizer , então eu posso compensar o meu ódio e ressentimento no passado. “ E , uma vez que essa voz foi , num certo ponto , reprimida para o inconsciente , ela não morreu : ela continua viva no presente.

DUAS CONSCIÊNCIAS
Você só pode superar alguma coisa se puder ventilá-la. É por isso que o mesmo velho ódio ainda dura em você. É também por essa razão que você se sente constantemente culpado. Caso fosse realmente uma questão do passado , você não sentiria essa culpa aguda todo o tempo , mesmo que não seja consciente. Você pensa que , sendo tão perfeito , pode fugir do castigo. Dessa forma , uma segunda consciência está sendo criada.
Na realidade , existe apenas uma consciência : é o Eu Superior , que é eterno e indestrutível ; ele é a centelha divina de cada ser humano. Não confunda essa consciência com a segunda consciência , que foi artificialmente criada pela compulsão de compensar um suposto pecado , ou mesmo uma falha verdadeira. Nem pecados imaginários nem falhas reais podem ser compensados por essa consciência artificial e superexigente. Na realidade , ninguém precisa ser punido. Como todos vocês já sabem , o modo de eliminar falhas verdadeiras é muito diferente e muito mais construtivo. Se e quando você finalmente diferenciar esses dois tipos de consciência , terá dado um grande passo à frente.
A segunda consciência , compulsiva , faz exigências impossíveis de serem atendidas. O que acontece quando você não pode atingir essas metas ? Inevitavelmente , o resultado será um sentimento de inadequação e inferioridade. Uma vez que você não sabe que os padrões de sua consciência compulsiva são irracionais , irreais e impossíveis de realizar , e uma vez que você acredita , atrás da sua muralha de separação , que os outros podem ter sucesso enquanto apenas você não pode , você se sente completamente isolado e envergonhado , com o seu segredo carregado de culpa de não apenas odiar , mas de também ser incapaz de ser bom e puro.
A segunda consciência é motivada por fraqueza e medo. Ela é muito orgulhosa para perceber que você simplesmente não pode ser tão perfeito , ainda. Ela é também por demais orgulhosa para permitir que você se aceite como é agora. Portanto , você necessariamente vai se sentir inferior , porque não é capaz de adequar-se a esses elevados padrões. Todos os sentimentos de inferioridade na natureza humana podem ser reduzidos a esse denominador comum. Enquanto esse fato não for sentido e experimentado , você não pode abandonar os sentimentos de inferioridade. Você tem que passar pelas emoções que o criaram. Somente então dissolverá a reação em cadeia ponto por ponto e criará novos conceitos no interior do seu Eu emocional.
As racionalizações que você usa para explicar os seus sentimentos de inferioridade , quaisquer que sejam elas , nunca são a verdadeira causa. Na verdade , outras pessoas podem ser mais bem-sucedidas de um modo ou de outro , mas isso por si mesmo nunca poderia fazê-lo sentir-se inferior. Sem os seus padrões artificialmente elevados , você não sentiria a necessidade de ser melhor que , ou pelo menos tão bom quanto , os outros em todos os campos da sua vida. Você poderia aceitar com equanimidade que outros são melhores ou têm melhor desempenho em algumas áreas , enquanto você tem vantagens que outros podem não ter. Você não teria que ser tão inteligente , tão bem-sucedido , tão bonito quanto as outras pessoas. Esse jamais é o verdadeiro motivo para os seus sentimentos de inadequação e inferioridade ! Essa verdade é sustentada pelo fato de que as pessoas mais brilhantes , mais bem-sucedidas , mais bonitas comumente têm sentimentos de inferioridade mais sérios que outras que são menos brilhantes , menos belas ou menos bem-sucedidas.

PERPETUAÇÃO DA INADEQUAÇÃO E DA INFERIORIDADE
Essa inadequação e inferioridade servem para fechar ainda mais esse círculo vicioso. Novamente , a sua vozinha interior argumenta : “ Eu fracassei. Sei que sou inferior , mas , talvez , se eu pudesse pelo menos receber uma grande quantidade de amor , de respeito e de admiração dos outros , isso traria a mesma satisfação , pela qual eu originalmente ansiava e que me foi negada no passado , colocando-me assim forçosamente na posição de odiar e de criar todo esse círculo vicioso. A admiração e o respeito dos outros seriam também a prova de que eu estava justificado , pois é possível agora receber o que meus pais me negaram. Isso vai mostrar também que eu não sou tão inútil quanto suspeito quando falho em corresponder aos padrões da minha consciência compulsiva.”
Naturalmente , esses pensamentos nunca são elaborados conscientemente ; contudo , esse é o modo como as emoções argumentam sob a superfície. Portanto o círculo fecha onde começa , e a necessidade de ser amado torna-se muito mais compulsiva do que era inicialmente. Todos os diversos pontos das reações em cadeia tornam a necessidade muito mais forte. Além disso , sempre existe uma suspeita de que o ódio era injustificado – o que é verdade , mas em um sentido diferente.
A personalidade sente no inconsciente que , se esse amor realmente existe , então a criança estava certa e os seus pais , ou quem quer que tenha negado o amor a você , estavam errados. Assim , o anseio por amor torna-se cada vez mais tenso. Uma vez que essa necessidade jamais pode ser satisfeita – e quanto mais isso se torna aparente , maior se torna a culpa – todos os pontos seguintes no círculo vicioso tornam-se cada vez piores à medida que a vida avança , sempre criando mais problemas e conflitos. Só quando você deseja amor de uma maneira saudável e madura e , apenas quando você está disposto a amar na mesma medida em que deseja ser amado , é que o amor virá.
Lembre-se de que a personalidade em que esse círculo vicioso é forte jamais pode assumir esse risco enquanto continuar a desejar o imaturo amor infantil . Já que ela não pode arriscar nada pelo amor , ela não sabe como amar de forma madura. A criança não tem a obrigação de assumir esse risco , mas o adulto tem. A criança interior tem apenas o desejo e o anseio imaturo por amor e quer ser amada e acarinhada , cuidada e admirada mesmo por pessoas a quem ela não tem a intenção de retribuir o amor. E com as pessoas a quem ela tem a intenção de retribuir , em certa medida , a proporção entre a sua disposição de dar e sua necessidade compulsiva de receber é muito desigual.
Em razão desse desequilíbrio básico , esse esquema jamais poderá funcionar , pois a Lei Divina é sempre justa e equilibrada. Você nunca recebe mais do que investe. Quando você investe livremente pode ser que não receba o amor de volta imediatamente da mesma fonte em que você o investiu , porém em algum momento ele deverá fluir de volta para você , desta vez em um círculo benigno. O que você dá fluirá de volta , contanto que você não dê em fraqueza , com o intuito de provar alguma coisa. Se os motivos para o amor limitado que você dá forem inconscientemente baseados nesse círculo vicioso , você jamais poderá receber amor de volta. O amor que você deseja na idéia equivocada de que vai deixá-lo quite não é a resposta. Em outras palavras , você procura um remédio que não serve para a sua doença , portanto a sua fome de amor permanecerá , sem ser aplacada. É como um poço sem fundo. Assim se fecha o círculo.

A DISSOLUÇÃO DO CÍRCULO
O seu trabalho neste artigo é descobrir esse círculo dentro de você mesmo , vivenciá-lo , particularmente quanto a onde , a como e em relação a quem ele vive no seu interior. Tudo isso tem que se tornar uma experiência pessoal antes que você possa realmente dissolvê-lo. Se você deixar que esse círculo seja apenas um conceito intelectual , sem revivê-lo emocionalmente , o seu conhecimento não irá ajudá-lo.
Repetindo : se você não puder identificar os vários pontos desse círculo vicioso nas suas emoções , a existência dessa reação em cadeia será apenas mais um dado de conhecimento teórico que você absorveu , inteiramente à parte de suas emoções. Uma vez que você descubra esse círculo no seu trabalho pessoal , será possível rompê-lo , mas só depois de perceber onde se encontram as premissas erradas.
Você terá de ver que quando criança você tinha justificativa para o fato de ter certos sentimentos , atitudes e incapacidades que agora são obsoletos. Terá também que aprender a ser tolerante com as suas emoções negativas. Você tem que compreendê-las. Tem de descobrir onde você se desvia do seu conhecimento consciente nas suas tendências , exigências e desejos emocionais. Pode ser que você saiba , e até pregue , que tem que dar amor sem estar tão preocupado em receber , mas todos vocês , nas suas emoções , ainda se desviam desse conceito intelectual.
A discrepância tem que se tornar completamente consciente antes que você possa ter esperanças de romper o círculo. Somente depois de ter-se dado conta de tudo isso e de tê-lo absorvido , depois de ter pensado sobre a irracionalidade de certas emoções até aqui ocultas , é que elas começarão a mudar de forma lenta e gradual. Não espere que elas mudem no exato momento em que você compreenda a sua falta de razão.
Quando você enfrenta essas emoções – sua ignorância , seu egoísmo e sua imaturidade – sem ficar envergonhado , e aplica o seu conhecimento consciente a elas , controlando-se sempre que resvalar para velhos e maus hábitos emocionais , o seu subconsciente começará a revelar gradualmente mais e mais conclusões errôneas. Cada ato de reconhecimento o ajudará a romper o seu círculo vicioso. Assim , você se tornará livre e independente.
A alma humana contém toda a sabedoria , toda a verdade de que precisa , mas todas essa conclusões errôneas a encobrem. Tornando-as conscientes e , então , trabalhando-as ponto a ponto , você finalmente conseguirá liberar a sua voz interior de sabedoria que o orienta de acordo com a consciência divina , segundo o seu plano pessoal.
Quando a Lei Divina é violada nas suas reações internas e externas , inexoravelmente a sua consciência divina o conduz de um modo tal que restaure a ordem e o equilíbrio na sua vida. Vão ocorrer situações que parecem castigos , quando na verdade são o remédio para colocá-lo na trilha certa. Não importa onde ou quando você se desvie , o equilíbrio tem que ser restabelecido , de forma que , através de suas dificuldades , você finalmente chegue ao ponto em que muda a sua direção interna. Você vai se modificar não necessariamente em suas ações exteriores e conscientes , mas nas suas exigências e metas infantis e inconscientes.
Poderíamos , por último , fazer um questionamento , no sentido de clarear este assunto com um exemplo : O que acontece com uma criança cujo ódio e hostilidade se expressam abertamente ? Essa criança ainda assim teria um sentimento de culpa ?
Essas manifestações externas ocorrem com freqüência em crianças. Sempre que uma criança tem um dos chamados acessos de raiva , essas emoções vêm para o campo aberto . Invariavelmente , porém , a criança é repreendida e aprende como isso é “mau”. Isso fortalece a necessidade de manter oculto o verdadeiro significado desses acessos. E mesmo que o ódio seja , às vezes , inteiramente consciente , mais tarde ele é geralmente suprimido. Então , os mesmos acessos de raiva podem continuar internamente no adulto , sem limite de idade , e cessar apenas quando esse círculo vicioso é trazido para a consciência. Algumas pessoas podem desenvolver doenças que são uma forma de ataque de raiva infantil , ou podem simplesmente tornar a vida difícil para aqueles que as cercam. Por meio de sua infelicidade , essas pessoas infligem constantemente dificuldades aos outros , com o objetivo de impor sua vontade e sua necessidade compulsiva de receber a utopia pueril de amor e cuidado perfeitos. Isso pode acontecer em vários graus. Às vezes é bastante óbvio ; outras vezes é muito mais sutil e camuflado. O que as pessoas dizem quando indulgem em tal comportamento é : “ Eu estou infeliz , veja. Você tem que tomar conta de mim. Você tem que me amar. “ Isso é uma  “birra” infantil sem a manifestação exterior da criança. O simples fato de que essa hostilidade possa por vezes ser expressa abertamente na infância não quer dizer necessariamente que não possa ser suprimido mais tarde.
Levem consigo as bênçãos destas palavras , deixem que elas fortaleçam a sua coragem , a sua força de vontade da autodescoberta. Essa é a única libertação possível , libertação dos seus altos padrões compulsivos que os fazem sentir culpados e não merecedores daquilo que o Criador quer que tenham : Felicidade , Luz e Amor. Fiquem em paz !!!

SHAUMBRA e NAMASTÊ !!! 

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

O PRINCÍPIO CÓSMICO DA LEI DA RECIPROCIDADE













Vamos dividir o assunto em três partes : reciprocidade como lei e princípio cósmico ; de que modo esta lei se manifesta na vida humana ; e natureza e origem dos entraves que perturbam o equilíbrio da reciprocidade.
 Não pode haver criação se não houver reciprocidade. Reciprocidade significa que duas entidades ou aspectos , aparentemente ou superficialmente diferentes , se aproximam um do outro com a finalidade de se unir e formar um todo abrangente. Um se abre ao outro , coopera com ele e o afeta , criando uma nova manifestação divina. As novas formas de auto-expressão só podem adquirir vida quando o eu se funde com alguma coisa além de si mesmo. A reciprocidade é o movimento que elimina a distância entre a dualidade e a unidade. Sempre que existe separação , é preciso que passe a haver reciprocidade para acabar com a separação.
Nada pode ser criado se não houver reciprocidade , seja uma nova galáxia , uma obra de arte ou um bom relacionamento entre seres humanos. Isto se aplica até a criação do objeto mais simples. Primeiro , é preciso que a idéia do objeto se forme na mente. Sem inspiração criativa e imaginação , através das quais a mente ultrapassa a percepção anterior do que já existe , nem sequer um plano pode ser concebido. O aspecto criativo , então , coopera com o segundo aspecto da reciprocidade , ou seja , a execução , que implica trabalho , esforço , perseverança e autodisciplina. O primeiro aspecto , o pensamento criativo e a inspiração , não pode concluir a criação enquanto o segundo aspecto , a execução , não é introduzido.
Os seres humanos não são criativos por dois motivos : não estão dispostos a adotar a autodisciplina necessária para levar a cabo suas idéias criativas , ou são emocional e espiritualmente retraídos demais para abrir seus próprios canais de criação. Quando as pessoas começam a solucionar os conflitos interiores e ficam mais saudáveis e equilibradas , elas encontram esses canais pessoais de vazão da criatividade , que produzem a mais profunda satisfação.

A RECIPROCIDADE COMO PONTE
O desequilíbrio dos dois aspectos da criação é particularmente notório na área dos relacionamentos humanos. O movimento que reúne duas pessoas , pela atração inicial e pelo amor , é criativo , espontâneo e desenvolto. No entanto , a ligação raramente se mantém. O que acontece na maioria das vezes é que a tarefa de solucionar as dissensões internas ocultas é negligenciada. Prevalece a idéia infantil de que o eu é impotente para determinar o rumo do relacionamento. Em geral , este é tratado como se fosse uma entidade distinta que , para o bem ou para o mal , segue seu próprio curso.
A reciprocidade é a ponte que leva à unificação. É preciso que dois movimentos de expansão se toquem , numa interação harmônica de dar e de receber , de cooperação mútua e abertura positiva. Duas “correntes de aquiescência” – manifestações de intenções positivas – devem se encontrar. A capacidade de aceitar , de suportar e sustentar o prazer só pode ser aprendida gradualmente , e é uma das metas mais difíceis de alcançar. Essa capacidade depende diretamente da integridade espiritual e emocional da pessoa. Segue-se que a reciprocidade depende da capacidade de a entidade dizer “sim” quando ouve um “sim”.
Isto nos leva à segunda parte deste artigo.

COMO SE APLICA O PRINCÍPIO DA RECIPROCIDADE AO ATUAL ESTÁGIO DE DESENVOLVIMENTO DA HUMANIDADE ?
Existem três graduações.
O ser humano menos desenvolvido , e ainda cheio de medo e concepções erradas , pode expandir-se muito pouco. Como expansão e reciprocidade são interdependentes , a reciprocidade é impossível na medida em que a expansão é recusada. Todos os seres humanos , até certo ponto , têm medo de se abrirem , como você sabem. Talvez vocês não desconfiem que esse medo também existem em vocês. Ou , se suspeitarem , talvez consigam interpretá-lo de outra forma , pois têm vergonha em admiti-lo. Talvez achem que existe alguma coisa particularmente errada com vocês , alguma coisa que não está presente em nenhum outro ser humano de valor. Por isso , não querem deixar que ninguém suspeite desse defeito. Mas, à medida que prossegue o trabalho interior , vocês aprendem a admitir e a aceitar sem reservas , e a entender corretamente , a universalidade do problema , podendo então reconhecer o medo de se abrir e de se expandir. Pode ser que , às vezes , vocês estejam bem cientes desse modo e da forma como refreiam à energia , os sentimentos e as forças vitais , por julgarem que esse tipo de controle lhes dá mais segurança. Os problemas com a reciprocidade dependerão do procedimento de vocês nesse particular.
As pessoas menos desenvolvidas e mais desligadas de sua verdade interior não estão prontas para nenhum tipo de expansão e , portanto , de reciprocidade. No entanto , isto não significa que o anseio pela reciprocidade esteja eliminado ; ele está sempre presente. Algumas entidades , contudo , conseguem abafar o anseio de expansão e de reciprocidade , talvez durante encarnações inteiras , sem perceber que falta tanta coisa às suas vidas. Elas se contentam com a pseudo-segurança da separação e do isolamento , pois estes são menos ameaçadores , ou assim parece.
Mas quando o desenvolvimento avança um pouco mais , o anseio se torna mais forte e mais consciente. Há muitos graus e muitas alternativas. Para maior clareza , vamos simplificar ao máximo : as pessoas do segundo estágio estão dispostas a se abrir , porém ainda sentem medo quando surge uma oportunidade de real reciprocidade. A única forma que as pessoas desse estágio têm de experimentar o contentamento e o prazer da expansão e da união é a fantasia.
Isto leva a uma instabilidade muito comum e freqüente de experiências. As pessoas desse estágio estão convencidas de que o forte anseio indica que já estão preparadas para a verdadeira reciprocidade. Afinal , em sua fantasia elas já passaram por essa bela experiência ! O fato de a experiência ainda não ter passado à realidade é atribuído à falta de sorte em encontrar o parceiro certo , com quem as fantasias poderiam se concretizar. Quando finalmente aparece um parceiro , o velho medo continua avassalador. Os movimentos da alma se retraem e a fantasia não pode ser realizada. Normalmente , a pessoa procura explicações em circunstâncias externas de todo tipo , o que pode ser até verdadeiro. O parceiro pode , de fato , ter deficiências demais para que o sonho se concretize. No entanto , esse mesmo fato não indica que alguma força mais profunda deve estar operando na psique dessa pessoa , fazendo-a atrair um parceiro que parece justificar o movimento de retração ? Pois o eu profundo sempre sabe em que ponto a pessoa se encontra. Se continuar a haver falta de vontade de enfrentar sinceramente as questões mais profundas , os subterfúgios e as desculpas são muito necessários para a preservação do ego. No entanto , o fracasso no relacionamento sempre indica que o eu ainda não está pronto para colocar em prática a verdadeira reciprocidade.
Muitas pessoas continuam alternando períodos de isolamento e desejos internos e períodos de satisfação temporária , de modo que obstáculos externos ou internos impedem a reciprocidade total. As decepções que daí decorrem podem acrescentar ainda mais justificativas aos medos inconscientes que alimentam a decisão de não se abrir e acompanhar a correnteza da vida. A dor e a confusão muitas vezes atingem profundamente as pessoas presas a esse estágio. Mas essa dor , essa confusão acabarão levando a mais trabalho com o eu e ao compromisso pleno de encontrar a fonte interior dessa instabilidade.
O significado desse estágio raramente é compreendido. A dor e a confusão estão presentes por que a verdadeira importância da instabilidade não é reconhecida. Quando uma pessoa em desenvolvimento percebe que os períodos de solidão proporcionam a oportunidade de abrir-se com relativa segurança e sentir , mesmo que seja por meio do outro , certa satisfação , sem correr os riscos correspondentes , essa pessoa deu , na verdade , um passo substancial no sentido do conhecimento de si mesma. Ao mesmo tempo , ao reconhecer a real importância das dificuldades encontradas nos períodos em que faz tentativas de se relacionar , acontece a mesma coisa. Os períodos alternantes de solidão e relacionamento são dotados de válvulas de segurança : cada um deles preserva o eu no seu estado de separação e , simultaneamente , ajuda-o a se aventurar até o ponto em que a entidade está preparada para renunciar à separação.
Em algum ponto da estrada da evolução individual , porém , todas as pessoas chegam a reconhecer sem reservas como é dolorosa essa instabilidade , o que leva posteriormente ao compromisso de se abrir à reciprocidade e à satisfação , à interação e à expansão , à cooperação e ao prazer positivo. Isso sempre exige a renúncia ao prazer negativo da pseudo-segurança. A alma , então , está pronta para aprender , para experimentar , para correr o risco da reciprocidade , do amor , do prazer , e atuar com segurança em estado de abertura.
No terceiro estágio estão as pessoas capazes de manter a reciprocidade na realidade – e não na fantasia , não apenas como um desejo. É desnecessário dizer que nem todos os relacionamentos estáveis da terra exibem reciprocidade verdadeira. De fato , eles são muito raros. A maioria dos relacionamentos se baseia em outras premissas , ou então a intenção da reciprocidade estava presente de início mas foi abandonada quando se tornou impossível mantê-la , sendo então substituída por outros laços.
Estes são , basicamente , os três estágios que a humanidade atravessa no tocante à reciprocidade. É claro que eles não podem ser diferenciados com linhas tão nítidas. Muitas vezes existe sobreposição , oscilação e intercâmbio entre eles ; há muitos graus que se aplicam a cada um dos diferentes níveis da personalidade. O que talvez seja verdadeiro com relação a um nível de uma pessoa em particular pode não se aplicar a outro nível.

O QUE IMPEDE A EXISTÊNCIA DE RECIPROCIDADE ENTRE OS SERES HUMANOS ?
Vamos agora passar a terceira e , talvez , mais importante parte deste artigo. Quais são os obstáculos que impedem a reciprocidade entre dois seres humanos ? A explicação dada , em parte correta , são os problemas das pessoas. No entanto , isso não é tudo.   
Só pode haver reciprocidade na medida em que as pessoas conhecem e contatam o seu lado destrutivo , anteriormente oculto. Inversamente , se existe uma fratura entre o esforço consciente visando à bondade , ao amor e a generosidade , e a inclinação inconsciente para a destrutividade , não pode haver reciprocidade. Queremos frisar que a reciprocidade não está ausente porque os aspectos negativos continuam presentes , e sim porque eles não são suficientemente percebidos. Esta é uma distinção importantíssima. Em geral , os seres humanos encaram esse problema exatamente pelo prisma oposto. Acreditam que precisam primeiro erradicar o mal ainda existente , caso contrário não são merecedores do contentamento decorrente da reciprocidade. O mal interior é assustador demais para ser reconhecido e , portanto , a cisão entre a percepção consciente do eu e a recusa inconsciente do eu amplia-se durante a vida.
Se você estiver desligado do seu inconsciente , precisará manifestar aquilo que , lá no fundo , sabe que existe no seu interior. Você o manifestará com outra pessoa e afetará o inconsciente e o nível oculto dessa pessoa. A menos que essa chave seja aplicada , os relacionamentos necessariamente tropeçam ou se deterioram , e a reciprocidade , na sua verdadeira acepção , não pode se desenvolver. Portanto , é muito importante que se tenha contato cada vez maior com os aspectos destrutivos inconscientes do seu ser. Como parece difícil preencher a lacuna entre o bem consciente e o mal inconsciente ! Quanto esforço exige de todos , e quantas pessoas são tentadas a abandonar totalmente essa empresa , porque parece doloroso e difícil demais aceitar os aspectos antes inaceitáveis de si mesmas ! No entanto , antes disso , a vida não pode ser realmente vivida.
A menos que a cisão entre o eu consciente e o eu real , que abrange os aspectos inconscientes , seja trazida à consciência , ela reaparecerá entre vocês e os outros. Conscientizar-se do eu real é começar a preencher essa lacuna – a consciência a diminui. A consciência , no fim das contas , leva à aceitação do que era anteriormente negado. Se não houver reciprocidade entre vocês e todos os aspectos de vocês mesmos , por causa de padrões , exigências e expectativas irrealistas , é absolutamente inconcebível que algum dia possa existir reciprocidade entre vocês e os outros.
A reciprocidade entre você e o seu eu interior está ausente quando a maldade interior é negada. Quem rejeita o mal ignora e nega a energia criativa original e vital contida em toda maldade. É preciso ter acesso a essa energia para poder tornar-se íntegro. A energia só pode ser transformada quando a pessoa está ciente do desvirtuamento da sua forma : no entanto , se você rejeitar sua manifestação atual , como poderá transformá-la ? Portanto , a divisão interna persiste. E quando essa divisão não é consciente , ela se reflete nos relacionamentos – ou na sua falta. Por piores e mais inaceitáveis que sejam quaisquer traços seus , por mais indesejáveis e perniciosos que sejam , a energia e a substância que os compõem são uma força vital , sem a qual vocês não podem funcionar completamente. Só na condição de pessoas íntegras é que vocês conseguem alimentar o prazer ; e só como pessoas plenamente conscientes é que vocês podem ser íntegros. Só então vocês deixarão de bloquear o movimento de expansão e poderão fluir no universo de outra entidade , permanecendo abertos para receber dela correntes de energia e movimentos da alma.

AS CHAVES DO TRABALHO INTERIOR
A desunião interior não pode trazer a união com os outros. É rematada tolice esperar que isso aconteça. No entanto , vocês não precisam esperar até estarem totalmente unificados. Se vocês usarem seus relacionamentos como gabarito para medir o estado de cisão interna e a disposição em aceitar sua parte negativa , caminharão para uma maior aceitação de vocês mesmos. Simultaneamente , a capacidade de agir com reciprocidade crescerá proporcionalmente a essa aceitação. Portanto , seus relacionamentos melhorarão e ficarão muito mais significativos. A aceitação de qualquer parte que vocês tenham rejeitado em si mesmos , recusando-se a torná-la consciente , resultará imediatamente em maior aceitação e compreensão das pessoas com as quais vocês lidam. A partir daí , a reciprocidade se tornará possível.
Da mesma forma , quem não consegue aceitar o seu lado mau , pensando que “primeiro eu preciso ser perfeito para depois poder me aceitar , amar e confiar em mim” , demonstrará uma atitude idêntica em relação aos outros. Quando a realidade mostrar que o outro está longe de ser perfeito , ele é rejeitado , assim como a própria pessoa sistematicamente se rejeita. A diferença é que , na maior parte do tempo , vocês conseguem não ver o que fazem a si próprios. Isso é muito lamentável. Vocês conseguem não encarar imparcialmente a rejeição do seu eu imperfeito e do outro : vocês racionalizam. Isso provoca uma divisão interior que torna impossíveis a reciprocidade e o contentamento.
Todos vocês podem aproveitar estas palavras como uma chave muito prática e pronta para ser usada no trabalho interior. Podem examinar as relações com a família , os parceiros , os associados , os amigos , os contatos profissionais. Examinem de perto qualquer situação em que haja envolvimento com outras pessoas se houver alguma coisa , nessas pessoas , que seja motivo de perturbação. Até que ponto vocês realmente se abrem à realidade do outro ? Se responderem com sinceridade e concluírem que não estão se abrindo , usem esta chave. Naturalmente , é fácil evitar essa visão ocupando-se com explicações , justificativas , racionalizações – e até com uma forte sensação de culpa , muita passível de ser confundida com auto-aceitação , mas que está tão longe desta como a auto-rejeição explícita. Nas camadas emocionais mais profundas , você verão que , em muitos casos , há muita pouca disposição em aceitar os outros. Descobrindo aos poucos o quanto são intolerantes e críticos com os outros , vocês perceberão que fazem exatamente a mesma coisa consigo mesmos.
Quem está envolvido com relacionamentos insípidos e insatisfatórios , sem intensidade , sem gratificação e intimidade , onde só se mostra superficialmente – talvez revelando apenas a imagem idealizada de si mesmo que julga ser a sua única faceta aceitável - , terá também uma boa medida de onde está internamente. Essa pessoa não está nem mesmo se arriscando , pois é incapaz de se aceitar. Portanto , não pode acreditar que o seu eu verdadeiro e autêntico possa ser aceito , nem consegue aceitar os outros como são no seu estágio atual de desenvolvimento. Tudo isso exclui a reciprocidade.
A postura aberta e receptiva , o tranqüilo contentamento sentido ao flutuar em outro campo de energia e aceitar o que emana dele – esse contentamento é intolerável e parece perigoso para quem se detesta. Se vocês se retraem depois de se soltar por algum tempo , podem perceber que isso acontece porque vocês são maus e não merecem a felicidade , mas porque não conseguem aceitar integralmente as forças e energias que atualmente existem no seu íntimo. Dessa forma , vocês ficam presos na fase de retraimento , sem poder transformá-la em expansão.
Assim , o princípio da reciprocidade precisa ser aplicado primeiro ao relacionamento entre cada um e o eu interior ; só então ele pode ser estendido ao relacionamento com os outros. Mas queremos dizer-lhes que todas as separações que parecem tão reais na realidade de vocês são tão ilusórias quanto à cisão interior. É um artefato cuja existência se deve exclusivamente ao fato de alguma coisa ser rejeitada. Ao fechar os olhos e a consciência para a totalidade do que são neste estágio , vocês criam dois eus aparentes : o aceitável e o inaceitável. Mas , na realidade , não há duas entidades : ambas são vocês , quer queiram quer não queiram saber disso agora. Cada um de vocês é , realmente , duas pessoas ? É claro que não. A mesma ilusão se aplica a todas as entidades aparentemente separadas. Nesse caso , também , a separação é uma criação arbitrária e artificial da mente. Na verdade , essa divisão não existe. Essa idéia pode não ser fácil para vocês a essa altura , mas o fato é que os seres humanos vivem com a ilusão geral da separação , que é a causa da dor e da luta. Na realidade , tudo é um , e todas as entidades estão ligadas a tudo o mais no universo – e não se trata apenas de uma metáfora. Uma só consciência permeia o universo e tudo o que nele existe. Mas vocês só poderão começar a sentir essa unidade quando nenhuma parte da personalidade de vocês for excluída , rejeitada ou cortada.

FLUXO DE ENERGIA E RECIPROCIDADE
Vocês poderia perguntar : quais são os aspectos da reciprocidade no plano físico , mental e espiritual do ponto de vista energético.
Do ponto de vista energético , o movimento de expansão é voltado para fora. Quando dois seres humanos se abrem um para o outro , reciprocamente , e são capazes de aceitar o fluxo do outro sem retração , a energia de um interpenetra o campo de energia do outro e vice-versa. Trata-se de um intercâmbio , de um fluxo cruzado constante. É diferente quando duas pessoas continuam separadas , se retraem , não conseguem abrir-se à reciprocidade. Estas ficam encapsuladas , cada uma como uma ilha , com pouca ou nenhuma troca de energia. E , quando o intercâmbio de energia é bloqueado , há um atraso no grande plano da evolução.
Quando uma pessoa só consegue se abrir quando não há possibilidade de reciprocidade ,ou quando uma corrente de aquiescência encontra uma corrente de negação , porque a reciprocidade ainda parece muito assustadora , um fluxo de energia é liberado , mas é repelido e devolvido , pois o outro campo de energia está fechado . Este se assemelha a um muro que detém o fluxo que se aproxima. Assim , os dois fluxos jamais podem transformar-se em um. Esse fenômeno é fácil de observar na vida do dia–a-dia. As pessoas se apaixonam e não são correspondidas , ou , por motivos aparentemente incompreensíveis , se “desapaixonam” quando o parceiro tem sentimentos muito fortes. O mesmo princípio existe nos relacionamentos já estabelecidos : quando um está aberto , o outro está fechado , e vice-versa. Apenas o desenvolvimento constante e o crescimento mudam esse quadro , de modo que ambos aprendam a permanecer abertos ao outro.
Nos planos espiritual e emocional , o estágio mais baixo indica um medo muito forte. O medo de aceitar o eu no seu estágio atual é essencialmente o mesmo medo que quer fugir da verdadeira reciprocidade e da felicidade. Como o medo está presente , o ódio , com todos os seus derivados , também está.
Os planos mentais são afetados por esse processo de fuga quando uma pessoa busca explicações prontas para o que não pode ser entendido enquanto o eu não for aceito como é no momento. A mente fica tão agitada que não consegue sintonizar as vozes superiores do eu , as verdades mais profundas do universo. Assim , cria-se mais separação. O ruído mental cria mais desligamento em relação aos sentimentos e ao estado que gerou essas condições. Essa pessoa ou entidade é forçada , por sua própria escolha , a viver num estado constante de frustração e de insatisfação. Fisicamente , é claro que isso gera bloqueios corporais.
No segundo estágio , em que a abertura e retraimento se alternam , a pessoa fica mentalmente confusa. Pesquisar e proceder por tentativas não pode resultar em respostas verdadeiras enquanto o eu não é aceito com o que tem de pior. A confusão mental gera mais frustração e raiva. As interpretações errôneas que deveriam explicar por que essa pessoa nunca consegue a reciprocidade só aumentam a frustração e , consequentemente , a raiva e o ódio. No plano emocional , o desejo e a decepção se alternam com a satisfação na fantasia. Isso indica certo grau de abertura e de fluxo , embora sem reciprocidade verdadeira , mas com retraimento e recuo , acompanhados de raiva e ódio , decepção e acusação.
Quando a aceitação de si mesmo torna possível a reciprocidade e há intercâmbio de energia , os movimentos universais fluem tranquilamente. A alternação saudável entre os princípios de expansão , contração e imobilidade é a norma quando as pessoas se inserem no ritmo eterno , em harmonia com o universo.

SHAUMBRA e NAMASTÊ !!!

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

O CAMINHO PARA O PLANO UNIFICADO DE CONSCIÊNCIA











Vivemos num plano de dualidade. Todas as nossas experiências são filtradas por uma consciência dualista. O estado de dualidade é angustiante porque oscilamos entre alternativas opostas ; percebemos a vida como uma série de acontecimentos que classificamos como bons ou maus. A dualidade mais assustadora é a que separa a vida e a morte. Sabemos , no entanto , que existe uma consciência superior num plano unificado e que a felicidade maior consiste em estar em contato com essa consciência. Esforçamo-nos para alcançar a unificação , mas como chegar a ela sem renegar partes de nosso ser atual ?
A compreensão deste artigo somente pode ocorrer à medida que cada um penetrar nas camadas profundas de seu inconsciente , o lugar onde se aplica o que dissemos.
Há dois modos básicos de considerar a vida e o eu. Em outras palavras , existem duas possibilidades fundamentais para a consciência humana : a do plano dualista e a do plano unificado. A maioria dos seres humanos vive principalmente no plano dualista , onde se percebe e vivencia tudo por oposições : ou...ou , bom ou mau , certo ou errado , vida ou morte. Ou seja , praticamente tudo o que você encontra , todo problema humano , está moldado por este dualismo. O princípio unificado combina os opostos do dualismo. Transcendendo o dualismo , você transcenderá o plano dualista , e por isso a maioria das pessoas experimenta apenas um sabor casual da perspectiva ilimitada , da sabedoria e da liberdade do plano unificado.
No plano unificado de consciência não há opostos. Não há bom ou mau , não existe certo ou errado nem vida ou morte. Há somente bom , somente certo , somente vida. Entretanto , não se trata do tipo de bom , de certo ou de vida evidenciado por um dos pólos opostos do dualismo. O tipo a que nos referimos transcende ambos os extremos e é totalmente diferente tanto de um como do outro. O bom , o certo e a vida que existem no plano unificado de consciência unem os pólos dualistas , fato que elimina o conflito. Esta é a razão por que viver num estado unificado , numa realidade absoluta , cria a felicidade , a bem-aventurança , a liberdade ilimitada , a plenitude e aquela realização infinita de potenciais que a religião chama de céu. Em geral , pensa-se que o céu é um lugar situado no tempo e no espaço. Obviamente , não é isso que acontece. O céu é um estado de consciência que pode ser concretizado a qualquer momento por qualquer entidade , quer seja um ser humano em carne e osso , quer se trate de alguém que não vive num corpo material.

O CAMINHO PARA O PLANO UNIFICADO É A COMPREENSÃO
O estado de consciência unificado é alcançado através da compreensão ou da sabedoria. A vida no plano dualista é um problema constante. Você tem de lutar contra a divisão arbitrária e ilusória do princípio unificado , divisão essa que cria as oposições , que , por sua vez , dão origem aos conflitos. Esta criação de opostos irreconciliáveis gera a tensão interior e , como decorrência , o conflito com o mundo externo.
Vamos compreender um pouco melhor esta luta peculiar , e portanto a situação humana. Apesar de seu desconhecimento e inconsciência dele , você já tem um estado de mente unificado no seu verdadeiro eu. Esse verdadeiro eu encarna o princípio unificado. Mas , mesmo os que nunca ouviram falar disso têm um anseio profundo e uma sensação quase totalmente inconsciente de um estado mental e de uma experiência de vida diferentes daqueles que conhecem. Eles aspiram à liberdade , à felicidade e ao domínio da vida que o estado de consciência unificado proporciona.
Esse anseio é mal interpretado pela personalidade , em parte porque ele se constitui numa aspiração inconsciente à felicidade e à realização. Mas procuremos entender com mais precisão o que essas palavras realmente significam. Elas traduzem a unificação dos opostos dualistas , de modo a não mais haver nenhuma tensão , nenhum conflito , nenhum medo. Consequentemente , o mundo torna-se vivo e o eu é o mestre , não de um modo tenso e hostil , mas no sentido de que a vida pode ser exatamente o que o indivíduo decide que ela seja. Esta liberdade , domínio e regozijo , esta libertação , tudo é buscado consciente e inconscientemente.
A interpretação errônea desse anseio acontece em parte porque ele é inconsciente – apenas uma sensação vaga enterrada no fundo da alma. Mas mesmo quando existe o conhecimento teórico de tal estado , ainda assim é mal interpretado por uma razão diferente. Quando a liberdade , o domínio , a unificação e o bem-estar resultantes do estado unificado de consciência são buscados no plano dualista , disso resulta um conflito enorme , porque é absolutamente impossível alcançar essas realidades nesse plano. Você luta para que a realização de seu anseio profundo transcenda e encontre , fundo em você , um novo estado de consciência onde tudo é um. Ao procurar isso num plano onde tudo é dividido , você jamais encontrará o que busca. Você se desesperará e se dividirá ainda mais em conflitos , pois a ilusão cria a dualidade.
Isso acontece particularmente com as pessoas que desconhecem essas possibilidades , mas ocorre também com pessoas mais preparadas espiritualmente , mas que ignoram as diferenças entre esses dois planos e também como podem aprender a transcender o plano dualista em sua vivência prática diária.
Quando o anseio vago pelo plano de consciência unificado ou seu conhecimento teórico preciso é mal compreendido e , por causa disso , é procurado no plano dualista , então , o que acontece é isto : você sente que existe apenas o bem , a liberdade , a justiça , a beleza , o amor , a verdade , a vida , seu um oposto ameaçador , mas quando aplica isto no plano dualista , você é imediatamente lançado no próprio conflito que procura evitar. Você então se põe a defender um dos aspectos dualistas , em detrimento do outro. E essa opção sua torna a transcendência impossível.
Vamos demonstrar isso com um problema humano familiar , do dia-a-dia , para que todos possam compreender estas palavras de modo mais prático. Vamos supor que você esteja em desavença com um amigo. Sob seu ângulo de visão , você está convencido de que está com a razão e que , por conseqüência , seu amigo está errado. Sob o ângulo dualista , tudo se reduz a ou...ou. Parece importar mais o resultado do que o fato em si , porque quando a intensidade das emoções é realmente testada , em geral ela não tem relação com a questão em foco. Ela se igualaria a uma questão de vida ou morte. Embora isso possa parecer-lhe irracional num nível consciente , no nível inconsciente estar errado significa , de fato , estar morto , porque estar errado significa ser negado pelo outro. No plano dualista , seu sentido de identidade está associado com a outra pessoa , não com o seu verdadeiro eu. Enquanto você for apenas um ego exterior , você dependerá dos outros. Daí que uma simples rixa se torna uma questão de vida ou morte , o que explica a intensidade das emoções quando se trata de provar o acerto seu e o erro do outro. Somente depois de tomar consciência do Centro do seu ser , que corporifica a unificação , é que sua vida deixa de depender dos outros.
No plano dualista , todas as questões terminam ou em vida ou em morte. A vida se torna de fundamental importância para evitar a morte. Muitas vezes as pessoas temem tanto a morte , que se lançam para ela de peito aberto. Indivíduos assim não se livram do medo da morte. Bem ao contrário. Sua luta constante com a vida , que resulta de seu medo e de sua luta contra a morte , os torna tão infelizes que acreditam não temer a morte. Essa é uma ilusão característica enquanto a vida é percebida no plano dualista ; um lado é considerado mais importante e a pessoa luta por ele , enquanto o outro é visto como uma ameaça e a pessoa luta contra ele. Enquanto você sentir que deve vencer porque considera o seu lado verdadeiro e o do outro falso , você estará profundamente envolvido no mundo da dualidade , e portanto na ilusão , no conflito e na confusão. Quanto mais você lutar desse modo , maior se tornará a confusão.
Os seres humanos geralmente passam por períodos de aprendizagem que fazem parte de sua formação , e tudo o que aprendem do meio em que vivem resume-se em que cada um deve lutar por si mesmo e contra o outro , seja qual for o número de opostos. Isso não se aplica somente às questões materiais , mas também aos conceitos , e de maneira bem mais decisiva. Toda verdade pode assim ser dividida em dois opostos , um ao qual se deve aderir como sendo o “certo” , e o outro ao qual se deve rejeitar por ser “errado”. Na realidade , entretanto , ambos se complementam mutuamente. No plano unificado , não se pode pensar um aspecto sem o outro. Aí os complementos não são “inimigos” ou negações um do outro ; é somente no plano de consciência dualista que eles se opõem. Neste , todo conflito se multiplica em subdivisões intrincadas da divisão dualista primária. Visto que tudo isto é produto da ilusão , quanto mais o conflito continuar , menos condições você terá de resolvê-lo e mais desesperançadamente você nele se enredará.
Retornemos agora ao nosso exemplo e demonstremos como isto acontece. Quanto mais você tentar provar que seu amigo está errado , mais aumentará a fricção e você ganhará menos do que pensava ganhar pela tentativa de provar que você estava certo e seu amigo errado. Você acredita que , provando que está certo e seu amigo errado , este irá aceitá-lo e amá-lo novamente e tudo voltará a ficar bem. Quando isso não acontece , você interpreta o fato erroneamente e tenta ainda mais , porque pensa que não provou suficientemente que você está certo e que o outro está errado. A brecha aumenta , sua ansiedade cresce , e quanto maior o número de armas que você usar para vencer , mais profundas serão suas dificuldades , até o ponto de prejudicar a si mesmo e ao outros e de agir contra seus próprios interesses. Então surge um conflito ainda maior , decorrente da primeira divisão dualista. Para evitar uma quebra total , com todas as ameaças reais e imaginárias que esta pode provocar – porque o dano real começou a ser forjado - , você enfrenta as alternativas de ter de ceder para apaziguar seu amigo e para evitar maiores danos a você mesmo , ou de continuar lutando. Por ainda estar convencido de que existe um certo versus um errado , a atitude de apaziguar o priva de seu auto-respeito e você luta contra isso. Quer utilize essa “solução” ou não , você estará dividido entre lutar ou submeter-se. Ambas as situações criam tensão , ansiedade e danos interiores e exteriores.
Assim , uma segunda dualidade se desenvolve a partir da primeira. A primeira é “ Quem está certo e quem está errado ? Só eu posso estar certo. Se não for assim , tudo estará arruinado. ” A segunda é : ou ceder a um erro que você não pode admitir , por tratar-se de um erro absoluto , ou continuar lutando. Em certo sentido , admitir um erro significa morte. Assim , você se defronta com as alternativas : admitir o erro , o que significa morte na psique profunda , para evitar conseqüências danosas e a possibilidade de um risco real , pondo sua vida em sério perigo , novamente a morte , no seu sentido mais profundo , ou insistir em que você está totalmente certo. Para qualquer lado que se volte , você vê morte , perda , aniquilação. Quanto mais você luta a favor ou contra , menos há para lutar a favor e mais todas as alternativas se voltam contra você. A ilusão de que um dos lados era bom e o outro era mau o levou à etapa seguinte , inevitável nessa rota de ilusão , que é que todas as alternativas são más. Toda luta dualista está fadada a conduzi-lo a mais armadilhas , sendo todas produtos da ilusão.
Logo que você decide pelo caminho que conduz ao princípio unificado , imediatamente o que de início lhe parecia um bem certo e um mal definido perde sua característica , e você inevitavelmente encontra o bem e o mal em ambos os lados. Ao aprofundar-se nesse caminho , todo o mal desaparece , permanecendo apenas o bem. A via ao princípio unificado conduz às profundezas do verdadeiro eu , à verdade que está muito além dos interesses medrosos do pequeno ego. Quando a pessoa desce a essas profundezas do eu para encontrar essa verdade , ela se aproxima do estado de consciência unificado. Nosso exemplo é bem comum e pode ser aplicado a muitas situações do dia-a-dia , simples ou complexas. Ele pode tomar a forma de uma pequena rixa entre colegas ou de um conflito bélico entre países. Ele está presente em todas as dificuldades que o homem encontra , individual e coletivamente. Enquanto permanecer nesse conflito dualista ilusório , você viverá na desesperança , porque não há outra saída no plano dualista do pensar. Enquanto sua própria existência se identificar com o ego , e portanto com o enfoque dualista da vida , você não terá outro jeito senão desesperar , quer esse desespero esteja encoberto quer seja momentaneamente aliviado por um sucesso ocasional de uma das alternativas dos dois opostos. O desamparo e a desesperança – a energia dissipada da luta dualista – roubam-lhe seu direito inato. É somente no plano da unificação que você pode encontrar seu direito inato.
Tudo o que você aprende através da educação e do mundo circunstante que está atrelado a padrões dualistas , e por isso não é de admirar que você esteja totalmente submetido e adaptado a esse estado de consciência. Tanto isto é verdade que você fica chocado quando descobre que existe outra alternativa. Você não consegue acreditar nela e se apega ao seu padrão costumeiro. Isto cria um círculo vicioso em que as regras e preceitos dualistas que o condicionam a este modo de vida são eles mesmos um resultado de seu medo de renunciar ao estado egoísta que por si só parece assegurar a vida. Você tem a impressão de que abandonar esse estado de ego é o mesmo que aniquilar sua individualidade , o que , naturalmente , é absolutamente errado. Assim , você tem essas regras dualistas por causa de seus medos errôneos e se aferra aos falsos temores devido à sua educação.
Antes de analisar mais detalhadamente o motivo que o leva a apegar-se ao estado dualista angustiante , apesar da possibilidade de acesso imediato ao plano unificado de consciência , gostaríamos de dizer alguma coisa mais sobre o modo de concretizar a unificação dentro de você mesmo. O verdadeiro eu , o princípio divino , a inteligência infinita – ou qualquer que seja o nome que você dê a esse centro interior que existe em todo ser humano – contém toda a sabedoria e toda a verdade que se possa eventualmente imaginar. A verdade é tão abrangente e tão diretamente acessível que nenhum conflito existe quando ela tem condições de operar. Os “se” e os “mas” do estado dualista deixam de existir. O conhecimento dessa inteligência inata ultrapassa em muito a inteligência do ego. É um conhecimento totalmente objetivo ; ele não dá atenção ao auto-interesse mesquinho – é por isso que você tem medo de entrar em contato com ele e o evita. A verdade que flui dele iguala o eu com os outros. Longe de ser o aniquilamento que o ego teme , essa verdade abre as portas do depósito de força e energia vibrante de vida que você em geral utiliza apenas em pequenas proporções e que emprega mal ao dirigir sua atenção e esperanças ao plano dualista , com as opiniões ferreamente sustentadas , com as idéias falsas , vaidade , orgulho , obstinação e medo que esse plano comporta. Quando esse centro vivo o ativa , você começa seu desenvolvimento ilimitado , um processo cujas concretizações se tornam possíveis precisamente porque o pequeno ego não quer mais utilizá-las para encontrar a vida , como o fez , no plano dualista.
Sempre se pode entrar em contato com o verdadeiro eu unificado. Retornemos nosso exemplo para ver como isso acontece. A coisa mais difícil de se fazer , embora , na verdade , seja a mais fácil , é perguntar-se : “Qual é a verdade da situação ?” Ao buscar mais a verdade do que as provas de que está certo , você entra em contato com o princípio divino da verdade transcendente , unificada. Se o desejo de estar na verdade é genuíno , a inspiração deve manifestar-se. Por mais que as circunstâncias apontem para uma direção , você deve estar disposto a ceder e a questionar se o que você vê é tudo o que diz respeito ao problema. Este ato generoso de integridade abre caminho para o verdadeiro eu.
Será mais fácil prosseguir se você chegar à conclusão de que não se trata necessariamente de uma questão de ou...ou , mas que podem existir aspectos de certo na visão da outra pessoa e de errado na sua , aspectos que , até agora , você não percebeu porque sua atenção não se deu ao trabalho de considerar essa possibilidade. Uma abordagem assim imediatamente abre caminho para o plano unificado de existência e na direção do verdadeiro eu. Ela de imediato libera uma energia que é sentida claramente quando isso é feito com intenção profunda e sincera. Ela traz alívio à tensão.
O que você acaba descobrindo é sempre completamente diferente tanto do que esperava como do que temia no plano dualista. Você descobre que não é tão certo e inocente quanto pensava nem tão errado quanto temia. E o mesmo acontece com seu desafeto. Você imediatamente passa a conhecer aspectos da situação que não vira antes , embora fossem bastante visíveis até. Você começa a compreender como o desentendimento surgiu , o que o provocou , qual foi sua história antes mesmo de sua eclosão. Com tais descobertas você alcança a compreensão da natureza do relacionamento. Você aprende sobre si mesmo e sobre o outro , e ao mesmo tempo aumenta seu entendimento sobre as leis da comunicação. Quanto mais ampliar sua visão , mais livre , forte e seguro você se sentirá. Essa visão não apenas elimina este conflito em particular e mostra o modo correto de elucidá-lo , mas também revela aspectos importantes das dificuldades que você tem e facilita sua eliminação através dessa compreensão. A paz vibrante que deriva dessa compreensão ampliada é de valor duradouro. Ela afeta sua auto-realização e sua vida diária. O que descrevemos é um exemplo típico de compreensão intuitiva e unificada : de conhecimento da verdade. Depois da necessidade inicial aparente de coragem e da resistência momentânea em ver uma verdade maior do que a verdade egoísta , seu caminho se torna bem mais fácil do que a luta que resulta do plano ou...ou da vida dualista.
Antes que você possa situar-se no modo unificado de pensar e de ser , a tensão elevar-se-á , pois enquanto permanece no plano dualista , você luta contra a unificação porque acredita falsamente que ao admitir e ver onde está errado e o outro certo , você se rende e se escraviza. Você se torna nada , inútil , insignificante – a partir desse ponto , basta um passo para a aniquilação de sua vida de fantasia. Daí que, para você , abandonar o plano dualista é o maior perigo. A tensão aumentará enquanto seus conflitos se avolumaram. Mas no momento em que você se decidir pela verdade , no momento em que você estiver ansioso e preparado para não ver apenas o seu lado , sua pequena verdade , e para não ceder à pequena verdade do outro por medo das conseqüências se não o fizer , no momento em que você desejar possuir a verdade maior , mais abrangente , que transcende pequenas verdades de ambos , uma tensão específica será removida de sua psique. Estará , então , preparado o caminho para a manifestação do verdadeiro eu.
EMPECILHOS PARA A DESCOBERTA DO VERDADEIRO EU
Recapitulando : os dois empecilhos mais significativos para a descoberta do verdadeiro eu são : primeiro , a ignorância de sua existência e da possibilidade de entrar em contato com ele e , segundo , um estado psíquico tenso , comprimido , com movimentos tensos e comprimidos da alma. Esses dois fatores tornam impossível o contato com o verdadeiro eu e , portanto , com um estado unificado de existência. Enquanto permanecer num plano dualista , você estará passando por uma tensão constante em sua alma. Ao lutar contra um dos aspectos dualistas e se aliar ao outro , observe seus movimentos de alma. Superficialmente , você pode apoiar-se na justificativa aparente da posição a que se alia. Você pode dizer , “Não estou perfeitamente justificado por combater este erro no mundo ?” No plano dualista , as coisas podem passar-se desse modo. Mas com essa perspectiva limitada , você ignora que esse erro existe apenas por causa de seu enfoque dualista quanto ao problema e de sua ignorância básica da existência de outro enfoque. A tensão resultante empana a visão de que existem outros aspectos que unificam tanto o que você considera certo como o que julga errado , independentemente de qual seja realmente o erro.
Este simples ato de querer a verdade requer várias condições , sendo a mais importante a disposição de renunciar àquilo que a pessoa se apega , quer seja uma crença , um medo ou um modo de vida agradável. Quando dizemos renunciar , queremos dizer questionar e estar disposto a ver que há algo mais além dessa perspectiva. Isto nos leva de volta ao motivo de você se apavorar pelo fato de abandonar o estado do ego , o seu modo de vida dualista e angustiante. Por que você resiste tanto em entregar-se a este centro interior profundo que unifica todo o bem e é acessível instantaneamente ? Ele está , contudo , além das pequenas considerações pessoais do ego.

SEU EGO VERSUS SEU CENTRO DIVINO
O plano dualista é o plano do ego. O plano unificado é o mundo do centro divino , o eu maior. O ego encontra toda sua existência no plano em que se sente à vontade. Renunciar a esse plano significa abandonar as exigências do pequeno ego. Isso não significa aniquilação , mas para o ego parece ser exatamente isso. Na verdade , o ego é uma partícula , um aspecto isolado da inteligência-mestra , o eu interior , verdadeiro. Aquele não é diferente desta ; apenas há nele menos do verdadeiro eu. Por ser separado e limitado , ele é menos confiável que aquele do qual brota. Mas isso não significa que o ego deve ser destruído , aniquilado. Na verdade , chegará o momento em que o ego se integrará ao verdadeiro eu , formando um único eu , mais pleno , mais bem equipado , mais sábio. Ele terá um patrimônio maior e melhor do que você pode imaginar.
Mas o ego separado pensa que esse desenvolvimento significa aniquilação. No seu modo néscio , limitado , o ego existe apenas como um ser separado ; daí que ele busca ainda maior separação. Visto que a consciência limitada desconhece a existência do verdadeiro eu - mesmo que seja aceito como uma teoria , sua realidade estará sujeita à dúvida enquanto os equívocos pessoais não forem eliminados - , ela teme afrouxar e soltar seu punho apertado , exatamente o movimento da alma que conduz ao verdadeiro eu. Esta é a luta constante do ego até que cesse de enfrentar um oposto através de reconhecimentos repetidos de uma verdade maior em cada questão pessoal menor.
O verdadeiro eu pode manifestar-se enquanto os problemas pessoais não forem resolvidos. Mas o processo de resolver esses problemas e os primeiros indícios de auto-realização frequentemente se sobrepõem ; um auxilia o outro. Esta maneira de ver sua luta humana básica pode ajudá-lo consideravelmente. Enquanto houver identificação total com seu ego , você continuará a cultivar mais separação , e a conseqüência será a auto-idealização. Deste ponto de vista , a autoglorificação e a idealização parecem ser a salvação e a garantia que ameniza seus medos existenciais. O ego pensa , “Se todos ao meu redor me consideram especial , melhor que os outros , esperto , bonito , talentoso , feliz , infeliz ou mesmo mau – ou qualquer característica que tenha escolhido para sua autoglorificação idealizada – então receberei a aprovação , o amor , a admiração e a concordância de que necessito para viver”. Este argumento significa que , em algum ponto em seu interior , você acredita que pode existir apenas se for percebido , você deixa de viver. Isto pode parecer exagero , mas não é. Isto explica por que sua auto-imagem idealizada é tão destrutiva. Você se sente mais confiante quando faz de tudo para ser notado do que quando faz esforços positivos.
Assim , sua salvação parece estar nos que reconhecem sua existência somente se você for especial. Ao mesmo tempo , a mensagem emitida pelo verdadeiro eu , e que você interpreta mal , quer que você domine a vida , mas você a domina no plano errado e acredita que deve vencer toda resistência que se interponha em seu caminho. Toda pseudo-solução pessoal é um artifício de que você dispõe para eliminar os obstáculos que o impedem de ser algo especial. A pseudo-solução que você escolhe depende de aspectos específicos de seu caráter individual , das circunstâncias e das influências dos primeiros anos de vida. Quaisquer que sejam as soluções – e há três soluções básicas : a da agressão , a da submissão e a da retirada - , elas estão destinadas a suplantar as outras e a definir sua liberdade e realização.
Sua existência parece estar assegurada quando você é plenamente amado , aceito e servido por outros , e você espera chegar a isto triunfando sobre eles. Agora você pode ver que é governado por uma sucessão de conclusões errôneas , todas completamente diferentes na realidade.
Naturalmente , todas as suas reações e crenças podem ser constatadas somente quando você tiver aprendido a aceitá-las. Você também precisa questionar o sentido de uma reação particular e observar o que há atrás da fachada , o que está além do que ela pretende significar. Quando você admite isso , é fácil verificar que todas essas interpretações errôneas o dominam e lhe roubam a beleza da realidade. Você também chegará a entender não como uma teoria , mas como uma realidade – que sua vida não depende de que outras pessoas afirmem sua existência ; que você não precisa ser especial e separado dos outros ; que essa mesma exigência o aprisiona na solidão e na confusão ; que outros lhe darão amor e o aceitarão no momento em que você não desejar ser melhor ou mais especial ou diferente deles. Esse amor chegará quando sua vida não mais depender dele.
Quando você tiver verdadeiramente alcançado o conhecimento , sua realização , em qualquer campo que seja , não poderá ter sobre os outros o efeito que tem quando ela serve para separá-lo. No primeiro caso, realização será uma ponte que leva você em direção aos outros , por não ser uma arma contra eles. No segundo caso , ela criará o antagonismo porque você a deseja para ser melhor do que os outros , o que sempre significa que eles devem estar numa posição inferior. Quando você tem necessidade de ser melhor por meio de suas realizações , o que você dá ao mundo voltar-se-á contra você porque você o oferece em espírito de guerra. Quando você oferece suas realizações para enriquecer a vida e os outros , você e sua vida serão aperfeiçoados por isto , porque você dá em espírito de paz. Neste caso , você se torna parte da vida. Ao retirar da vida – e do centro vivo dentro de você – e ao devolver à vida como uma parte essencial dela , você age de acordo com o princípio unificado.
Sempre que você acredita que “ para viver devo ser melhor do que os outros , devo separar-me “ , o desapontamento será inevitável. Esta crença não pode trazer o resultado desejado porque se baseia na ilusão. O conceito dualista é “ eu versus o outro “. Quanto mais você lutar com os outros , menos eles irão concordar com sua exigência de afirmar o seu eu e mais você vivenciará isto como um perigo semelhante a renunciar à luta em si. Assim , para qualquer lado que você se volte , parece haver um bloqueio. Você se torna extremamente dependente dos outros através de seu conceito ilusório de que se eles não o aprovarem , você estará perdido , enquanto , ao mesmo tempo , você tenta superá-los e obter a vitória. Você se ressentirá da primeira situação e se sentirá culpado pela segunda. Ambas criam grandes frustrações e ansiedade ; nenhuma delas conduz a nenhum tipo de salvação.
Perceba a falta de interesse inicial em questionar suas suposições a respeito de qualquer questão problemática de sua vida. Esta é sua verdadeira pedra de tropeço , porque seu afastamento do que parece tão angustiante e assustador faz com que seja impossível revelar a falácia de sua crença oculta. Quando você observa seus problemas da maneira mais objetiva e distanciada que pode , expressando a perspectiva mais ampla do verdadeiro eu , quando você direciona sua melhor intenção e vontade à questão que o perturba com um desejo autêntico de imparcialidade , você irá primeiramente perceber um recuo com relação a um desejo assim e um modo mais ou menos evidente ou sutil de encobrir seu desejo de fuga. Surpreenda-se neste ato e prossiga com coragem , questionando a si mesmo ainda mais e com maior profundidade. Então você perceberá que a dificuldade externa é uma representação simbólica de sua batalha interior em que você luta pela vida contra a morte , pela existência contra a aniquilação. Você verá que aquilo em que você evidentemente acredita é exigido de outros para que você exista.

A TRANSIÇÃO DO ERRO DUALISTA PARA A VERDADE UNIFICADA
Quando tiver chegado a este nível de seu ser , você será capaz de questionar os princípios que lançaram a base para isso. E esse é o primeiro passo para tornar possível a transição do erro dualista para a verdade unificada. Você também perceberá que renunciar a ideais e convicções é como aniquilar-se , porque estar errado significa morrer , e estar certo significa viver. No momento em que você passar por este movimento de abrir-se e de ter a coragem de querer a verdade , uma verdade mais plena do que aquela que consegue ver neste instante , você chegará a uma nova paz e a um novo conhecimento intuitivo sobre o modo de ser das coisas. Algo em sua substância psíquica enrijecida se afrouxará e preparará ainda melhor o caminho para a auto-realização total.
Cada vez que você relaxa , o clima de sua psique se torna mais auspicioso para o despertar final , total , em direção a seu centro interior , que contém toda a vida , toda a verdade , toda a bondade unificada da criação. Todo passo nessa direção elimina outra concepção errônea ; e cada concepção errônea representa outro fardo. A renúncia ao que inicialmente parecia uma proteção contra o aniquilamento será agora exposta em sua realidade verdadeira : a renúncia a um peso , a um sofrimento , a um aprisionamento. Você então chega a compreender o fato absurdo de que se opõe a renunciar à vida dualista , com todo o padecimento e desesperança que esta contém.
Talvez você possa compreender agora alguma coisa disso tudo , e este fato o ajudará em seu caminho pessoal. Ao aplicar essas verdades à sua vida diária , você verá que as palavras aparentemente abstratas que utilizamos aqui não são algo distante , mas são acessíveis a cada pessoa. Você verá que estas palavras são práticas e concretas , bastando apenas que esteja disposto a ver a si mesmo em relação à vida sobre o pano de fundo de uma verdade mais ampla do que a que você , até agora , está disposto a admitir.
A mensagem que vem do verdadeiro eu diz : “Seu direito inato é a felicidade perfeita , a liberdade e o domínio sobre a vida “. Quando luta por esse direito inato seguindo os princípios dualistas , você se afasta mais e mais da auto-realização , na qual você pode verdadeiramente ter domínio , liberdade e realização total. Você busca tudo isto com meios falsos. Estes são tão variados quanto o caráter de cada indivíduo.
Note como é você mesmo que dá início à falsa luta que leva a uma crescente confusão e sofrimento. Qualquer que seja o modo pelo qual tente vencer , você depende de outros e de circunstâncias que muitas vezes estão além de seu controle atual ; portanto , você está fadado a fracassar. Essa luta fútil enrijece a sua essência psíquica. Quanto mais frágil for essa essência menos você será capaz de entrar em contato com o centro do seu ser interior , que pode dar-lhe tudo aquilo de que você possa precisar : bem-estar , produtividade e paz interior , verdadeiros subprodutos da descoberta do verdadeiro eu.
O único modo de que você dispõe para entrar no estado de união onde você pode verdadeiramente alcançar o domínio é renunciar à falsa necessidade de vencer , de estar separado , de ser especial , de estar com a razão , de querer as coisas a seu modo. Descubra o bem em todas as situações , quer as considere boas ou más , certas ou erradas. É desnecessário dizer que isto não significa resignação nem rendição medrosa ou fraqueza. Significa seguir com o fluxo da vida e lidar com o que até agora está além de seu controle imediato , seja ou não de seu agrado. Significa aceitar o lugar onde você está e a vida que lhe está reservada neste momento. Significa estar em harmonia com o seu próprio ritmo interior. Esse procedimento abrirá o canal para o seu Eu divino , acontecendo finalmente a auto-realização total. Todas as suas manifestações na vida serão motivadas e vividas pelo princípio divino que opera em você e que se expressa a si mesmo através da sua individualidade , integrando as faculdades do seu ego com o eu universal. Essa integração aperfeiçoa a sua individualidade ; ela não a diminui. Ela intensifica cada um de seus prazeres ; ela não lhe retira absolutamente nada.
Possa cada um de vocês compreender que a verdade está dentro de cada um. Tudo aquilo de que precisam está em vocês. Possam todos descobrir que , na verdade , não precisam lutar , como vêm fazendo continuamente. Tudo o que precisam fazer é reconhecer a verdade , seja qual for a posição em que estejam agora. Tudo o que precisam fazer , neste momento , é reconhecer que pode haver em cada uma mais do que podem ver ; invoquem esse centro interior e estejam abertos às suas mensagens intuitivas. Possam descobrir que isso é possível exatamente onde vocês mais dele necessitam neste momento particular. Seu parâmetro é sempre o que parece mais desconfortável , aquilo do qual você está mais tentado a desviar-se.
SHAUMBRA e NAMASTÊ !!!