segunda-feira, 16 de maio de 2011

A LIDERANÇA E SUA IMPLICAÇÃO COM O PODER


















A Luta pelo poder leva muitos homens ao desatino da incoerência, já que na prática assumem posturas que os desqualifica de imediato a serem candidatos a esse poder. Pois traçam objetivos puramente pessoais, não tendo qualquer preocupação com a coletividade que pretendem liderar. E essa liderança quando ocorre, assume a expressão máxima da ignorância sobre os caminhos reais do progresso e da evolução de um modo geral.


O mais característico, nesses momentos, é a preocupação em destruir valores, muitos dos quais construídos com fé e amor através dos tempos. Muitos que lutam pelo poder não têm a mínima sensibilidade de edificarem valores pessoais pelo próprio mérito , e se esforçam apenas em destruir o que seus concorrentes construíram de elevado. Para eles isso é mais fácil. Já que não possuem condições de construir , anulam o que lhes pode ofuscar.


Isso não se trata apenas de inveja como vocês podem pensar. Mas também de um exacerbado culto ao ego, tendo em vista que atitudes como essas são inconseqüentes o bastante para , levianamente , arruinar inúmeros homens de bem.


Assim estejam atentos a esses profetas do poder e da liderança que não medem esforços para atingirem seus objetivos. Não os acompanhem , e nem compartilhem de suas insanidades. Pois eles são na verdade os profetas do obscuro. Deixando-se levar por um ego marcado pela cegueira da perturbação.


A busca pelo poder torna-se prioridade de muitos que almejam vencer na vida. O sucesso material e o êxito social maquiado não se configuram como suficientes , tendo em vista que não caracterizam necessariamente a circunstância da dominação. A caminhada da subida passou, então , a ser no direcionamento de pedestais, onde o orgulho , a vaidade e a arrogância tomam conta dos pretensos bem-sucedidos.


Essa batalha, por domínio e superioridade , leva os homens a extremos. Familiares se digladiam , traições ocorrem e a corrupção impera. A sexualidade supera qualquer atributo moral. Leviandades são exercidas como atos normais de uma competição sadia. Grandes opositores de autoritarismo se tornam pequenos ditadores , em suas casas os nos ambientes de trabalho. Cometem injustiças e humilham. As amizades são meros jogos de interesse , dissolvendo-se com a mesma intensidade com que se constituem. Falsos parceiros se iludem e comercializam a própria honra. , renegando-a a atitudes desprezíveis que os enchem de vergonha quando descobertos. E a destruição dos opositores é vista como a solução daqueles que desejam sobreviver.


Toda essa degradação ocorre por um período efêmero de poder. Um poder fictício. Um poder que não é capaz de conviver com a lealdade ou contar com apoio sincero nos momentos difíceis. Ele leva à solidão. Não consegue vencer doenças ou impedir a morte física que um dia virá de modo irreversível. Um poder que é tão instável quanto a moral daqueles que o detêm. Um poder que, na realidade, inexiste.


O verdadeiro poder não está nas mãos dos homens. O poder legítimo é aquele que decore da capacidade do homem entender o que a Fonte Maior espera dele. É o poder que deriva exclusivamente da Fonte Cósmica , que nos empresta à medida que usamos nossa inteligência no crescimento espiritual. Ele está em nível da nossa evolução moral e consegue superar grandes obstáculos na vida , inclusive a morte do corpo. Ele sobrevive infinitamente em nossa essência sob a forma de energia contínua. Ele é sábio e regido pelas normas do amor e da compaixão. Ele não oprime , mas liberta. Ele não destrói , mas edifica. Ele não separa , mas concilia.


Então avaliem seus objetivos na vida. Decidam entre o poder dos homens e o poder da Fonte Cósmica, pois não há meio termo. Mas , lembrem-se , de que um deles e você sabe qual é , te conduzirá à gloria de uma eternidade.


“NÃO SE RECONHECE O REAL VALOR DO QUE EXISTE ENQUANTO AS APARÊNCIAS NÃO FOREM TRANSCENDIDAS”.


“AO REINO CÓSMICO NÃO SE CHEGA PELA FORÇA NEM PELO EMPENHO ALIMENTADO POR ORGULHO E VAIDADE”.


“HÁ QUEM SE SINTA DONO DO QUE PERTENCE A TODOS”.




Observação : as imagens acima deste artigo se referem as Ilhas Socotra que consistem em quatro ilhas que se situam em frente ao Golfo de Aden ou do chamado Chifre da África. Estando no Oceano Índico são ilhas que multidimensionalmente estão ligadas às energias de Vontade-Poder que existem no planeta Terra.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

A CORRENTE DA VIDA DO FLUXO CÓSMICO - FLUA COM ELA











Uma grande corrente de força divina e bênçãos flui em torno de vocês como uma força intensa. Atentem a ela, sintonizem-se com ela, e perceberão o sentido de sua realidade. Com a ajuda dela, uma compreensão profunda fará com que vocês dêem um outro passo à frente, na estrada rumo ao conhecimento de si mesmos.

Existe um grande impulso no Universo manifesto em que vocês vivem. Esse impulso faz parte do princípio criativo. Já que toda consciência individual também faz parte do mesmo princípio da criação, é constituída da mesma substância, esse impulso deve existir em cada pessoa. Ele é dirigido para a união, do modo como o termo é usado comumente, mas os termos podem perder o seu sentido em função do uso demasiado. O que significa, de fato, união ? O que quer dizer união com à Fonte, ou com o eu divino ? Como isso se aplica a um ser humano ?

Primeiramente, o projeto total da evolução visar unir a consciência individual. A união como processo cerebral, ou com um ser intangível, realmente não é união. Só o verdadeiro contato de um indivíduo com outro estabelece as condições necessárias na personalidade para a verdadeira união interior. Portanto, esse impulso rumo à unidade se manifesta como uma força enorme, precipitando os indivíduos uns aos outros, tornando o isolamento doloroso e vazio. A força vital, pois, não consiste apenas num impulso rumo aos outros, mas também no prazer supremo. A vida e o prazer são uma coisa só. A falta de prazer é a deturpação da força vital e advém da oposição ao princípio criador. A vida, o prazer, o contato e a união com os outros constituem a meta do projeto cósmico.

O impulso rumo à união tem por objetivo arrancá-los da reclusão. Ele se move rumo ao contato e à fusão. Portanto, seguir o impulso cósmico é coisa abençoada ; é animador e, a um só tempo, algo que transmite paz. Contudo, a consciência individual opõe-se a essa força, em função da idéia errônea de que se entregar-se a ela significa anulação. Assim, vocês estão na posição paradoxal de acreditar que a vida advém da vida oposta. Por conseguinte, vocês vivem num conflito muito profundo – mais do que os problemas psicológicos que encobrem no decorrer do exame de si mesmos.

Todos esses problemas psicológicos são importantes em si mesmos, em sua amplitude. Eles podem ser experiências negativas na infância ou em vidas passadas, interpretações equivocadas de fatos nesse período, mágoas e medos que vocês não compreenderam nem assimilaram de modo apropriado. Tudo isso deve ser explorado a fim de fazer face a um conflito mais profundo, universal e de caráter metafísico. Ele existe porque esse impulso não pode ser eliminado. Trata-se da própria força da evolução, a realidade em tudo o que vive e respira. Ela permeia cada partícula da existência e deve, dessa maneira, existir também no fundo da psique, quer vocês se dêem ou não conta disso.

O conflito advém do medo e da oposição a esse impulso ; a personalidade resiste ao fluxo natural. No grau em que, conscientemente ou não, vocês tornam a força vital equivalente à anulação, vocês se batem contra a própria vida.

Essa é a razão mais profunda para os enganos, os falsos medos e culpas de vocês, para a negatividade e a índole destrutiva que podemos ter. No fundo do coração, vocês sabem que desconfiam da maior força espiritual, e, por isso, da própria vida. A desconfiança gera uma culpa profunda que às vezes se manifesta na superfície na forma de culpas sem justificativas às quais vocês não podem renunciar.

O conflito também se manifesta na forma do medo dos seus impulsos mais profundos, de modo que vocês jamais conseguem relaxar e estar desarmados no que concerne a si mesmos. Desde que você fazem parte da vida da qual desconfiam, também devem desconfiar do seu próprio ser profundo. Eis por que as pessoas insistem em dividir corpo e espírito e por que o conceito dualista é perpetuado de geração em geração. Vocês parecem encontrar a salvação justamente nessa divisão porque, por meio dela, podem justificar a rejeição do princípio vital como ele se manifesta dentro de vocês. Dessa forma, vocês rotulam aquilo de que têm medo como errado e mau, enquanto afirmam que a negação da sua verdadeira natureza é certa e boa. Vocês justificam essa atitude irracional chamando a atenção para as manifestações mais deturpadas do princípio total, da corrente do prazer, como se constituísse a prova de sua malignidade. Assim as pessoas têm pregado no correr dos séculos que o corpo é pecaminoso, ao passo que o espírito é, supostamente, o oposto do corpo e, portanto , bom.
Na verdade que todas as dificuldades de vocês advém dessas idéias enganosas, que vocês acolhem como a verdade espiritual máxima. Está mais próximo da verdade afirmar que essas idéias equivocadas derivam do profundo conflito espiritual que os motiva a culpar o grande princípio vital de ser o oposto do que ele de fato é.

O uso indevido dessa grande força de modo nenhum se revela uma aceitação dela, tampouco a confiança nela. É, em vez disso, uma variação na batalha que se dá quando a pessoa se opõe à vida com sua própria natureza. Uma parte de vocês se move rumo aos outros e aceita seus impulsos e natureza, mas outra parte recua desse movimento. Seguem-se a privação, o vazio, a falta de sentido e certa sensação de engano e perigo. Eis aqui, de fato, um tipo de conflito de vida e morte.

Este se manifesta de modo diferente em cada pessoa. Uma coisa, porém, é possível afirmar com certeza : quanto maior o conflito entre entregar-se à força cósmica e opor-se a ela, maior o grau de sofrimentos e problemas de vocês.

Se vocês não podem deixar-se fluir livremente com a corrente cósmica no nível mais profundo do ser, vocês devem desvirtuar a corrente cósmica dentro de vocês. Já que se opõem à força cósmica e dela desconfiam, e já que a força cósmica se manifesta dentro de vocês, vocês não confiam em si mesmos e na natureza mais profunda, deverão primeiramente confiar no impulso rumo à unidade. Portanto, quando vocês se separam a natureza do princípio divino, ou a sua natureza mais profunda, da confiança no espírito, envolvem-se no maior erro, que leva à maior das confusões. Pois, de que modo a natureza poderia, incluindo a profundidade da sua própria natureza, opor-se ao projeto evolutivo divino ?

É o impulso contrário nessa batalha que cria camadas que parecem justificar a desconfiança que vocês têm quanto ao eu instintivo. Só a coragem para explorar essas camadas os levará a total lucidez do seu âmago fundamental, que é inteiramente digno de confiança. Isso, todavia, só é passível de ser vivido quando o impulso profundo da natureza, da evolução, do princípio criativo é compreendido. Conquanto o entendimento intelectual a princípio seja útil, ele é menos importante do que o entendimento intuitivo, pois só este fará com que vocês ponham fim a esse conflito.

O conflito bloqueia a força criadora, que é compatível com vocês e com o seu destino. Mesmo que vocês bloqueiem o impulso e se oponham a ele, vocês, apesar de tudo, não podem evitá-lo. Ele sempre leva ao contato com os outros. O grande medo desse contato leva algumas pessoas a recuar temporariamente. Esse recuo, é claro, pode assumir muitas formas : pode manifestar-se na vida e no comportamento de vocês, mas também pode se manifestar de um modo mais sutil. Externamente, vocês podem estar às voltas com contatos, mas, internamente, continuam sem esse movimento, isolados. Esse isolamento não pode continuar por muito tempo, porque, em última análise, ele se tornará intolerável. Nada que se oponha ao princípio vital pode ser conservado para sempre. Apesar disso, o princípio vital representa a realidade máxima, e o medo dessa realidade baseia-se na ilusão. Esta não pode ser preservada indefinidamente. A angústia que advém da ilusão só pode ser desfeita quando esse conflito profundo é entendido e valorizado, e quando vocês finalmente se deixam harmonizar com o princípio criador.

Mesmo quando a oposição é grande, o impulso rumo ao contato e à fusão com uma outra pessoa deve permanecer, pois esse é um fato fundamental da criação ; mas o impulso contrário, com seu medo, desconfiança e outros sentimentos destrutivos, deve então criar o contato negativo. Todos os seres humanos passam pela experiência de algum impulso contrário, até as pessoas que demonstram relativa integração e que são saudáveis. Ocupemo-nos, porém, das pessoas cujo impulso contrário é relativamente fraco e cuja personalidade predominante afirma a vida e seus impulsos mais profundos e que, portanto, está relativamente isento de conflito. O contato dessas pessoas com os outros será relativamente feliz e sem problemas. O princípio do prazer dessas pessoas criará o altruísmo, o amor genuíno e o supremo prazer.

No mesmo grau em que a oposição ao impulso cósmico gera bloqueios e desequilibra o fluxo cósmico, o contato negativo e doloroso tem de acontecer. O princípio do prazer será ligado a uma situação negativa, criada pelas experiências da infância ou de outras vidas. Isso torna impossível a satisfação, porque a experiência do prazer é sempre ameaçada pela negatividade que a ela se liga. O indivíduo, assim, é um grão de areia indefeso entre os dois impulsos, e é levado a um contato doloroso. Desse modo, o impulso rumo ao contato, e o medo dele – que se manifesta como um impulso para longe dele – estão ambos presentes. O segundo enseja duas reações fundamentais de defesa : o desejo de magoar ou a sensação de ser magoado, subprodutos inevitáveis do contato. De vez que o princípio do prazer continua um elemento vital, ele por força se liga à forma deturpada de contato.

O prazer incorporado na força maior da vida humana não pode ser eliminado ; porém, quando essa força é desvirtuada, o prazer se torna negativo. Já que o contato parece ferir, o prazer se manifesta no ato de magoar ou ser magoado, em grau maior ou menor. O vínculo entre o pesar e o prazer gera um círculo vicioso. Quanto mais dolorosamente se manifesta o princípio do prazer do impulso cósmico, maior o medo, a culpa, a vergonha, a angústia e a tensão. A oposição aumenta, o conflito aumenta e o círculo vicioso tem prosseguimento.

O problema da evolução para cada ser consciente e singular é , portanto, compreender e viver profundamente esse círculo vicioso sem julgar erradamente a ligação negativa entre o contato, o sofrimento e o princípio do prazer. É preciso que vocês olhem além dela, comprometendo-se com buscar numa atitude aberta, a sua natureza mais profunda. Não confundam as emoções negativas com que depararem pela primeira vez, crendo que sejam a realidade máxima da vida instintiva.

A camada de destrutividade, do egoísmo cego, da desonestidade, bem como dos apegos vergonhosos do princípio do prazer quanto a situações negativas, não constitui a sua natureza mais profunda. É tão-somente uma demonstração, uma conseqüência deste conflito específico. Quando vocês desconfiam da sua natureza mais íntima, desconfiam de todo o Universo espiritual. Uma pessoa não pode existir sem a outra.

Uma questão vem à luz no caminho rumo à libertação quando o problema deve ser enfrentado de ambos os lados : só quando vocês têm a coragem e a honestidade de encarar aquilo de que não gostam em si mesmos é que podem descobrir que a própria energia e substância dessas atitudes é essencialmente construtiva e digna de confiança. Essa compreensão pode transformá-las. Consequentemente, os processos vitais tornar-se-ão dignos de confiança e não terão mais de ser alvo de oposição.

De modo contrário, quando vocês consideram a possibilidade de que todo o processo criativo seja digno de confiança, vocês desenvolvem a coragem e a honestidade para transcender os bloqueios que deformam a energia criadora e a substância divina, transformando-os de novo em criatividade.

É impossível confiar na Fonte Maior, na vida e na natureza se desconfia dos próprios impulsos mais profundos. Pois, de onde vêm estes impulsos ? Eles não podem ser esmagados, tampouco negados, desarraigados ou suplantados à força pelos elementos estranhos que parecem mais entendíveis à alma que tem medo. A única saída é compreender que os impulsos mais profundos são bons quando não sofrem interferência ; eles fazem parte do poder divino e de maneira nenhuma são nocivos ao desenvolvimento do espírito. Deixar de compreender isso é um dos erros mais trágicos da humanidade, pois nada protela o projeto de evolução tanto quanto essa concepção equivocada, alimentada por pessoas bem-intencionadas e, de outra forma, iluminadas. Esses impulsos darão mostras de ser os sustentáculos da luz quando não forem interpretados falsamente, negados e isolados de sua origem divina, numa dualidade artificial que pressupõe que eles sejam maus e os considera opostos da vida divina, da vida espiritual.

Assim, vocês só podem mergulhar em si mesmos quando entendem isso e, por conseguinte, quando deixam de ter medo e de lutar contra vocês mesmos, contra seus impulsos, contra o seu corpo, a sua natureza e a natureza como tal. Essa é a grande luta da humanidade.

Ignorar isso, prosseguir com o envolvimento cego da luta, torna-os incapazes de renunciar a sua condição de separação. Dessa maneira, vocês impedem a si mesmos de levar a cabo o seu destino espiritual. Abstêm-se da trégua com seus impulsos físicos e emocionais mais profundos. A paz entre o corpo e a alma é uma conseqüência inevitável da compreensão de si mesmo. É errado acreditar que o corpo simplesmente pode ser deixado de parte na grande aventura da integração. Quando ele é posto de lado antes que a integração ocorra, esta continua incompleta.

Esse conflito é tão profundo e universal, que amiúde as pessoas mais iluminadas, evoluídas e, diferentemente da maioria, sem preconceitos, se inquietam quando percebem o conflito em si mesmas. Mesmo que não se adaptem aos pontos de vista estreitos e de negação da vida, a angústia profunda que deriva desse conflito as induz à cegueira no que concerne ao que se passa dentro delas. Sempre que a coragem de vocês vacilar ao deparar com um conflito – do modo como ele se manifesta a nu, nos recessos do seu eu – vocês continuam isolados em certo grau. Continuam envolvidos com a negatividade, a dor e a cisão em vocês mesmos, até que a sua evolução posterior os leve ao ponto em que vocês não têm mais medo do grande fluxo de que fazem parte e que é parte de vocês, da corrente que os leva na direção dos outros e que põe abaixo a muralha do isolamento e da defesa. Então, vocês descobrirão que não só perdem a sua individualidade, mas, pelo contrário, expandem-na e se tornam mais vocês mesmos.

Então, completando : quando as pessoas se opõem ao seu impulso cósmico e lhe dão combate, o conflito vem a luz. O impulso cósmico sempre continua mais forte do que o impulso contrário, de vez que a força primária, enquanto a luta que é travada com ele é secundária e acrescentada. Dessa maneira, vocês ainda são impelidos ao contato ; mas seu impulso contrário nega a força fundamental, de modo que a negação se liga à força original, e disso se segue o contato negativo. O verdadeiro contato que ocorre expressa o impulso para os outros ; o sofrimento que disso advém expressa o impulso contrário. Na medida em que vocês têm medo do impulso cósmico e do destino a que ele conduz, o amor – que só pode acontecer numa atmosfera isenta de medo – deve estar ausente do contato. O medo gera as defesas, as mágoas, a revolta – tudo isso vem fazer parte de contato e se combina com o princípio do prazer.

Isso pode ser dar em todo nível da personalidade. O contato negativo que se manifesta na vontade de magoar se expressa na propensão à discórdia, na hostilidade, na agressão. No nível sexual, uma pessoa nessas condições é sádica e/ou masoquista. O contato negativo que se manifesta quando a pessoa é magoada se expressa em certa tendência para ser usado ; vocês sempre conseguirão pôr-se numa posição de desvantagem ; vocês são levados a modelos de comportamento nocivos. Ora, evidentemente, uma pessoa não é apenas uma ou outra coisa ; ambos os elementos sempre estão representados numa personalidade, mas só um deles pode predominar na superfície. Por exemplo, pelo simples fato de você ter medo da crueldade, da sua necessidade de ter prazer magoando os outros, vocês podem inverter isso e voltá-lo contra si mesmos. Já que tudo ocorre num nível de ignorância e inconsciência, vocês não sabem o que estão fazendo ; não sabem de que modo são levados e, assim, são incapazes de frear o processo de destruição.

A constituição psicológica de vocês tem uma origem muito mais profunda do que comumente se supõe. Essa origem é mais profunda é o conflito metafísico de grandes dimensões em cada ser humano. Quando isso é percebido e vivido. É muito mais fácil eliminar os desvios psicológicos que parecem ter-se originado nesta vida ou noutra. Por outro lado, é preciso que também se compreenda que a luta cósmica não pode tornar-se sequer vagamente consciente, a não ser que vocês tenham uma introvisão considerável da percepção do próprio inconsciente.

O ideal é que vocês façam uma incursão mais aprofundada no seu eu profundo. Usem-na, explorem-na ; não tenham medo do seu eu mais profundo. Fugir dele é trágico, porque vocês impõem a si mesmos muito sofrimento desnecessário. Nada gera tanto sofrimento quanto fugir do Eu Superior. Vocês não têm nada a temer, absolutamente nada. Olhem sempre para dentro de si mesmos profundamente, sem atitudes defensivas, sem angústia. Quanto mais vocês fizerem isso, mais preparados estarão para fazer contato com os outros. Quanto mais fugirem de si mesmos, mais superficial, problemático e decepcionante será este contato.


“NÃO HÁ SITUAÇÃO EXTERNA QUE POSSA IMPEDIR A EVOLUÇÃO DE UM SER. SOMENTE ELE MESMO PODE RETARDAR OS PRÓPRIOS PASSOS”.


“SIGNIFICATIVA É A INFLUÊNCIA DOS QUE ASSUMIRAM CAMINHAR EM DIREÇÃO À LUZ, POIS SEUS PASSOS REPERCUTEM PROFUNDAMENTE EM TODO O COSMOS”.


“SE PUDERES CAPTAR A GRANDEZA DO QUE TE ESTÁ RESERVADO, CERTAMENTE NÃO DISPERSARÁS TANTA ENERGIA EM IDÉIAS ESTREITAS E EM CIRCUNVOLUÇÕES MENTAIS E EMOCIONAIS”.


“A VIDA NESTE CICLO NÃO PRESSUPÕE QUE A PESSOA SEJA PERFEITA, MAS QUE SE CONCENTRE NO FOCO DA PRÓPRIA CONSCIÊNCIA”.



Observação – citações acima retiradas do livro IMPULSOS do autor TRIGUEIRINHO

domingo, 1 de maio de 2011

PROGRAMA DE INTERCÂMBIO DA TERRA COM O PLANETA SERPO DA ESTRELA ZETA RETICULI
















 
Não se trata aqui de um artigo nosso, mas um conteúdo de textos que você pode acessar visitando o site :


Sabemos que tal intercâmbio realmente ocorreu entre o planeta Terra e o planeta Serpo da estrela Zeta Reticuli situada a 37 anos-luz do nosso Sol. Há seres agora desencarnados no plano extrafísico - mesmo os dois terrestres que morreram no planeta Serpo - que fizeram parte da referida experiência secreta dos Estados Unidos enquanto estavam vivendo no plano físico e somos contatados por eles, às vezes, no plano extrafísico, ou melhor dizendo, os amparadores deles nos permitem o contato, quando assim acham útil.

Neste site acima as informações podem ser traduzidas no alto da tela em cinqüenta e oito línguas e contém textos em trinta e cinco partes com algumas partes fragmentadas. Basta clicar no item RELEASE 35. Abrir-se-á quadrículos azuis numerados que você pode ler a partir do quadro número um em diante.

As informações estão sendo liberadas aos poucos à população neste site e se há algumas discrepâncias e uma ou outra informação que não confere , se tratam , no conjunto , de uma experiência que sabemos que foi legítima e real.

É um site longo : portanto deve ser lido devagar parte por parte por vários dias.

É mais um modo de se mostrar que HÁ MUITAS MORADAS NO NOSSO UNIVERSO E EM OUTROS UNIVERSOS TAMBÉM.

Divirtam-se com a leitura.


A DUALIDADE E A UNIDADE
















A palavra benção significa toda a vontade para o bem, vinda do eu mais profundo, do ser divino anterior. Quando essa vontade livre flui diretamente para as regiões mais profundas da consciência de uma outra pessoa. Uma energia vibrante se cria, e ela afeta a consciência da outra pessoa.

Por isso, quando ouvirem a palavra benção é necessário que vocês reajam para que a benção se torne eficaz. A disponibilidade, a boa vontade e a total cooperação são necessárias para fazer com que duas forças se encontrem, uma vez que a benção unilateral não é benção.

Neste artigo vamos falar do processo do desenvolvimento de como funciona a relação entre a unidade e a dualidade. Existem duas maneiras básicas de abordar a via e o eu. Ou, para expressar de modo diferente, existem duas possibilidades fundamentais para a consciência do homem : o plano dualista e o unificado. A consciência humana , a percepção e a experiência em geral são organizadas para o princípio dualista. Isso significa que tudo é percebido na forma de opostos – bom ou mau, desejável ou indesejável, vida ou morte. Enquanto a humanidade viver nesse dualismo, o conflito e a infelicidade deverão persistir. A verdade absoluta, universal e cósmica é sempre unificada e transcende os opostos na compreensão de que neles a crença é ilusão.

Unificação não significa, todavia, que o bem do “ou” dualista é compreendido. As pessoas que acreditam nessa falsa idéia trilham um caminho equivocado : esperam lograr um dos opostos ilusórios como sendo a “salvação”. Enquanto a pessoa se opõe a um lado e se apega a outro, a autocompreensão ou libertação – isto é, o princípio de união – é inalcançável.

O bem desse princípio de união é de natureza inteiramente diversa da do bem do dualismo. O primeiro concilia ambos os lados, ao passo que o último os separa. Isso pode ser testado em qualquer problema pessoal, uma vez que é completamente entendido. Esse aspecto é de extrema importância para a compreensão. Pois, quando vocês buscam um lado de um par de opostos, vocês devem opor-se ao outro lado. Nessa oposição, a alma não está tranqüila e tem medo, e nesse estado vocês jamais podem chegar à unidade.

Apliquemos essa distinção no que concerne ao processo do desenvolvimento. Enquanto a consciência do homem é organizada com vistas à dualidade e não pode transcender, o processo de desenvolvimento é muito problemático. O desenvolvimento é o movimento no tempo e no espaço : por conseguinte , o desenvolvimento no plano dualista automaticamente passa de um extremo ao seu oposto. Desde o momento em que vocês nascem, vocês se movem rumo à morte. Desde o momento em que vocês se desenvolvem rumo à realização, tem início a curva descendente da destruição. Desde o momento em que vocês se esforçam por algum tipo de felicidade, vocês devem temer o seu oposto. No ritmo sempre mutável, o movimento cíclico, eterno do desenvolvimento deve abeirar-se inevitavelmente de seu oposto. Ele se desloca da vida para a morte e desta para a vida e vice-versa ; da construção à destruição, e de novo à construção. Uma coisa gera a outra.

É importantíssimo compreender este conceito pois ele é uma das razões principais por que vocês resistem ao desenvolvimento. Essa crença causa uma resistência profunda, além dos cacoetes psicológicos da neurose. Essa oposição fundamental ao desenvolvimento ainda é percebida depois que as neuroses foram superadas e curadas. Isso explica por que, enquanto vocês percebem a vida em termos dualistas, têm medo do desenvolvimento ; pois temem que alcançar uma meta acarretará a destruição dela mesma. Vocês se enganam lutando contra o tempo, postergando a realização e, dessa forma, também seu oposto, de que têm medo. A estagnação, cria a agitação, ou o movimento no sentido distorcido.

Enquanto o desenvolvimento se dá no plano dualista, existe sempre um cume a ser alcançado e, depois desse cume, uma queda. Assim, no plano dualista, todos os seres vivos deslocam-se num ciclo perpétuo de vida e morte, de construção e destruição, de ser e de vir a ser. Na natureza, as plantas crescem na primavera para frutificar no verão. Morrem aos poucos no outono. No inverno, não existem mais. Só o seu potencial de vida latente é que dormita no chão, à espera de que a semente cresça de novo na primavera. Esse é o processo de crescimento . O júbilo durante a curva ascendente nunca pode ser pleno e livre de inquietações, sem ansiedade, porque, antes de o cume ser alcançado, a descida já é antecipada.

No plano unificado da consciência, devido ao fato de não haver mais opostos a temer, a dicotomia não existe mais. A autocompreensão sempre leva à experiência e à percepção do estado de união. De modos opostos, o estado de união não pode acontecer senão por meio da autocompreensão.

Esta significa pôr de lado as camadas do erro para que o eu real, o ser divino e eterno, venha à luz. Vocês só poderão se despojar dessas camadas de sofrimento, engano, perplexidade e limitação no momento em que não fogem mais de vocês mesmos ; quando estão dispostos a encarar-se a si mesmos como realmente são, em vez de como querem ser ; no instante em que aceitam-se a si mesmos, quando não lutam contra o estado em que se acham temporariamente, mesmo quando compreendem os erros cometidos nesse estado. Tal é o trabalho que vocês estão realizando nesse caminho.

É inteiramente enganoso admitir que a percepção da união não possa ocorrer no plano terreno. É possível, totalmente possível, a qualquer um inclinado a expandir a consciência. A expansão é um processo muito simples que envolve questionamento da veracidade de suas idéias limitadas, a correção do que vocês supõem seja inalterável. Isso, por sua vez, só pode ser realizado quando vocês encaram honestamente os seus estados de espírito e reações mais sutis, e quando os traduzem de modo conciso. Vocês então descobrem que essas reações e reflexos, essas emoções e estados de espírito, se baseiam em certas suposições que vocês nunca questionaram, de vez que tudo é conservado na escuridão da racionalização fácil.

Temos que reconhecer as pequenas formas diárias de desonestidade, o engano de si mesmo e as suposições equivocadas, vocês não as podem questionar nem podem se libertar delas para abrir espaço a uma nova realidade. Sempre que uma perturbação vaga é examinada e verbalizada honestamente, a idéia em que se baseia esta perturbação pode ser revelada e posta em questão. Esse passo aumenta a percepção de vocês, dando-lhes condições de transcender o dualismo e perceber o estado da união. Isso deve ser levado a efeito em cada área da consciência, em todos os aspectos da existência, pois é possível compreender o princípio de união em algumas áreas, ao passo que outras ainda estão mergulhadas na ilusão e no sofrimento do dualismo.

Nunca será demais enfatizar que a libertação de si mesmo, ou a transição do estado dualista para o de união, não pode ser realizada pelo conhecimento acumulado nem pelo raciocínio teórico, tampouco por meio do estudo ou da aspiração a uma meta exterior. Não pode advir da vontade de ser diferente, do esforço de chegar a um estado que já não existe em nós. Só pode vir por meio do estar no agora, da descoberta de que tudo já existe dentro de nós, por trás da confusão e do sofrimento. E esse estado que está por trás da condição que transmite a impressão de uma experiência intensa e momentânea só pode ser liberado e pode vir à luz quando se entende o nível de confusão e sofrimento de maneira clara.

O fluxo cósmico natural, que existe na psique de todo ser humano, em que tudo o que vive à volta e dentro de vocês, é um rio vital borbulhante, que os leva automática e naturalmente rumo ao estado de compreensão de si mesmos, no qual não há mais nenhuma oposição, nenhum conflito que traga a dor. Esse é o estado natural : desse modo, a natureza está a favor de vocês. Ao confiar-se ao fluxo vital, ao deixar-se perceber esse fluxo, as pessoas contribuem para o desenvolvimento do seu destino natural.

O problema de menor importância pode revelar a vocês de que modo acolhem o engano e a oposição, uma não-tendência, em função do medo e da ignorância. Esse problema pode mostrar como vocês detêm o movimento cósmico natural do qual são parte integrante, ao mesmo tempo em que ele é uma parte integrante de vocês. Apenas por meio da visão pessoal das suas reações aos fatos do dia-a-dia é que vocês podem fazer dessas palavras uma verdade oriunda de uma experiência pessoal. Isso não pode acontecer por meio de afirmações “ da boca para fora “ com respeito ao princípio que está por trás das palavras, mesmo que vocês compreendam o que estamos dizendo. O intelecto não será suficiente para fazer com que vocês realizem a transição do dualismo para a unidade.

O desenvolvimento no plano dualista sempre deve estar cheio do medo quanto ao oposto indesejável. Portanto, o processo de crescimento de vocês será tolhido enquanto vocês considerarem o objetivo de crescimento como sendo algo bom, em oposição ao que é ruim.

No plano da união, o desenvolvimento não encontra ameaça de nenhum oposto ; portanto, não é preciso ter medo dele, nem opor-se a ele. O desenvolvimento, contudo, não pode advir de uma oposição à oposição ; ele só se dá quando o oposto de que sente medo pode ser figurado e aceito se for necessário.

Quando vocês não têm mais medo de nenhum oposto, quando não se apegam temerosos a um outro oposto, podem chegar ao estado de união ; mas não podem fazer isto enquanto o medo habitar no coração de vocês.

O processo de desenvolvimento no estado de união significa promover sempre o desdobramento e a expansão. Significa a experiência em expansão de possibilidades infinitas para a beleza, a vida e a vontade ; mas lembrem-se : o belo não é o contrário do feio ; a vida não é o oposto da morte ; bom não é oposto do mau ; porque, no estado de união, nunca são ameaçados por um oposto.

Ao longo da estrada de transição do estado dualista para o de união, é importante entender alguns marcos divisórios, que podem ajudá-los a compreender a vida atual. Quando você estão envolvidos numa busca severa de si mesmos, quando corajosamente encaram a si mesmos e deparam com verdades atrás de verdades, estabelecendo novas condições para o pensamento , a psique de vocês passa por mudanças profundas. O antigo estado de sofrimento, como vocês sabem, foi conseqüência de idéias falsas. À proporção que estas começam a desmoronar, a destruição pode acarretar mudanças exteriores mais ou menos drásticas.

Quando vocês estão num período de transição, é-lhes possível em alguns níveis chegar ao início da experiência de união. Vocês sentem uma paz e uma alegria profundas a cada momento com o bem desejado. Vocês percebem que todo momento vivo traz em si potencial para a alegria e paz.

Quando são francos consigo mesmos, vocês não têm mais medo de nada, não se apegam demasiado a coisa alguma tampouco insistem em que o bem de vocês lhes seja dado. Nesse momento, estão abertos para que a fonte divina os satisfaça e transmita a realidade da vida num ponto em que nada há de temer e só o bem existe. Vocês podem procurar esse bem sem pressa e lográ-lo exatamente porque sabem que ele lhes pertence. Vocês não têm medo de o perder porque auferem a alegria de ambos os opostos do estado dualista. De maneira breve, isso é, assim como pode ser expresso, a essência do estado de união.

Ora, esse estado pode começar a existir parcialmente, em particular em certas áreas da vida da pessoa. Vocês ainda não chegaram à transição completa ao despertar, em que descobrem que a verdade da vida sempre existiu para vocês sem necessidade de temer coisa alguma nem de ansiar por algo ; mas a consciência que está vindo à luz promove posteriormente um desenvolvimento e um enriquecimento cada vez maiores nas circunstâncias exteriores, e de modo tão harmonioso e orgânico, que tudo talvez pareça coincidência.

As melhorias exteriores podem ou não coincidir com idéias e ideais que vocês têm conservado no plano dualista, mas o modo como vocês alimentam essas idéias e ideais é inteiramente diferente. Por outras palavras, as metas podem continuar inalteradas, mas a experiência que vocês têm delas será distinta. Também, mesmo quando vocês não tiverem alcançado um objetivo, não sofrerão como sofreram ao perceber a realidade de maneira dualista. O desenvolvimento no estado de união se manifesta definitivamente na confiança cada vez maior no eu, na vida. O desenvolvimento também traz em si uma alegria e uma paz que tornam cada momento emocionante, interessante e isento de angústia ou aborrecimento. Cada instante é rico em possibilidades e abriga perspectivas maiores e desconhecidas da percepção.

Ao mesmo tempo, vocês continuam a reagir da mesma forma - com medo, desconfiança, angústia, desespero e egoísmo férreo – comumente nos momentos em que a psique se vê atormentada pelas imagens, pelos padrões de comportamento neurótico e pelas idéias equivocadas, tão profundamente arraigadas, que vocês precisam de um trabalho mais prolongado e paciente para mudar sua imagem interior. O outro lado alcança muito lentamente, por assim dizer, o lado que já está bem próximo e em parte numa nova terra, onde a luz jamais é ameaçada pela escuridão.

Vocês criaram o velho estado sobre os alicerces do erro, e esses fundamentos devem primeiro desmoronar antes de se assentarem as bases dos verdadeiros conceitos. As estruturas formadas com base em conceitos errôneos inevitavelmente devem ser destruídas. Essa lei indica a falsidade do dualismo, cujo sinal inequívoco é sempre a percepção de que uma posição é linear e inalteravelmente desejável, e de que o seu oposto é desejável. Assim, vocês se apegam à idéia de que a construção é sempre boa, ao passo que a destruição é sempre ruim. A unificação desses dois opostos só pode vir no estado de união na medida em que ambos os lados se reconciliam. Para compreender o estado de união, vocês devem reconhecer que a destruição dos erros pode ser desejável e a construção dos erros é indesejável.

Ora, a destruição sempre é um processo doloroso, seja ou não desejável. Enquanto as edificações do erro estão sendo destruídas, a vida pode estar confusa. Vocês se sentem ameaçados e em falta. Exteriormente, até os aspectos aparentemente desejáveis da existência desapareceram, e nenhuma estrutura adequada os substituiu. Quanto maiores as construções errôneas, mais prolongados os períodos de revira-volta, naturalmente dolorosos ; porém, esses períodos só são dolorosos porque vocês compreendem equivocadamente o que está sucedendo e acreditam que se trate de uma recaída e de inadaptação do ponto de vista pessoal. Assim, vocês perdem o estímulo, caem em desespero e resistem ao fluxo que poderia levá-los a um novo estado mental. Este, entretanto, só pode se dar por meio da destruição do antigo estado. Ao se bater contra o movimento orgânico e desejável, vocês prolongam o período de dor, o período de transição – dor principalmente por esse período não ser compreendido. Vocês pensam: “Estamos aqui nos empenhando tanto, mas veja o que acontece apesar disso : tudo parece escapar-nos pelos dedos como areia ; não só encontramos a satisfação, como também acabaram os dias de prazer”.
Quando vocês perceberem que o desmoronamento da antiga estrutura é desejável porque os velhos hábitos só pareciam dar-lhes satisfação, vocês não clamam por algo que não é de forma alguma uma perda. Tampouco serão levados a crer que não progrediram. Essa condição talvez seja a melhor que vocês podem compreender, vocês estão evoluindo para uma nova realidade, mas ainda resistem a ela porque se recusam terminantemente a deixar que a sua intuição lhe diga para onde o fluxo cósmico da vida os está levando.

Em vez disso, vocês precisam sentir profundamente que o que ocorre não é uma recaída, mas, em vez disso, a destruição do processo antigo que, de fato, é o próprio germe de uma nova construção. Vocês têm de ter consciência de que, no ato de destruir o erro, a verdade estabelece a reconciliação entre a construção e a destruição, e as torna um movimento, em vez de dois opostos em conflito. Por isso, vocês não serão mais desestimulados, nem sofrerão particularmente quando não tiverem esperanças de que sua vida seja diferente, pois terão consciência de que tudo é como deveria ser, como tem de ser ; pois a real falta de um bem desejado magoa muito menos quando a pessoa não percebe esta falta como um sinal negativo. Quando a pessoa, contudo, acredita que “ se eu tivesse onde deveria estar, as coisas não aconteceriam dessa forma “, a perda é muito mais dolorosa. Quando em vez disso, você vêem esse período de transição como um passo orgânico rumo à completude, vocês descobrem que é muito mais fácil passar pela dor.

Isso não deve ser interpretado como significando que vocês não devem procurar uma solução inteligente para um problema determinado ; mas quando encontrarem todas as portas fechadas, quando a vida parecer mostrar-lhes claramente, de dentro de vocês e também do mundo exterior, que não podem achar uma saída, então vocês poderão descansar, certos de que as velhas estruturas baseadas no erro de percepção dualista estão desmoronando. Quando vocês fomentarem essa idéia em seu entendimento, aceitarão o fluxo da vida em vez de se opor a ele.

“ Nós irradiamos um desejo profundo e forte, oriundo das regiões mais remotas da consciência universal, para que ele alcance cada um de vocês. Ele os alcançará se vocês aceitarem esta força e a ela se unirem. Ao fazer isso, vocês não querem opor-se à verdade de forma nenhuma, mas buscam a sua verdade interior. Só depois começarão a sentir os efeitos desse poder ; mas ele é muito real em seu fluxo contínuo no fundo do coração de vocês, ou seja, estejam em paz naquela região profunda de si mesmos em que todas as coisas são uma só “.